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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Rio de Janeiro O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da segunda semana de abril mostrou um leve recuo em relação à primeira semana do mês. A taxa ficou em 0,80%, contra 0,98%, conforme divulgou hoje (16) a Fundação Getulio Vargas.
O resultado foi o menor desde a quarta semana de fevereiro (0,68%) e, na avaliação do economista André Braz, responsável pela pesquisa da FGV, a desaceleração foi puxada pelo recuo na alta de preços do grupo alimentação (de 3,11% para 2,36%), principalmente dos produtos in natura, como as hortaliças, frutas e legumes.
Com o fim das fortes chuvas de verão e os problemas bacterianos que afetaram as lavouras, estamos entrando num período de maior oferta de alimentos. Assim, nossa expectativa é que essa desaceleração perdure até o final de abril, observou.
Braz chamou a atenção para o comportamento do grupo transportes, que se mantém com taxas negativas (de -0,48% para -0,45%) influenciado pelo recuo nos preços dos combustíveis. A leve aceleração na passagem de uma semana para a outra deve-se, segundo ele, ao retorno da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os automóveis novos.
Com exceção do grupo vestuário, que registrou forte alta de preços (de -0,15% para 0,45%), por causa da entrada da coleção outono-inverno, as outras classes de despesa habitação (de 0,22% para 0,25%), saúde e cuidados pessoais (de 0,49% para 0,50%), despesas diversas (de 0,10% para 0,00%) e educação, leitura e recreação (de 0,19% para 0,30%) mostraram estabilidade em suas taxas.
Se estes resultados se mantiverem nas próximas semanas, vamos fechar o mês de abril com uma taxa do IPC-S entre 0,60 ou 0,70%, avaliou o economista.