Pregão da Bovespa (Marcel Salim/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 16h45.
São Paulo - Com o noticiário vespertino ainda mais esvaziado do que o da manhã, o mercado de juros apenas se manteve com os prêmios acumulados entre ontem e hoje (23), na esteira do desemprego em nível historicamente baixo, do Relatório Trimestral de inflação e de os índices de inflação conhecidos nesta sexta-feira se mostrarem ainda pressionados.
Para completar, o quadro externo continuou positivo, com os dados da economia norte-americana mistos e a prorrogação, pelo Congresso dos EUA, da desoneração sobre a folha de pagamento por mais dois meses.
Nesse ambiente, os investidores vendidos em taxa deram prosseguimento à redução de posições, ainda que em ritmo mais comedido do que o verificado ontem, e consolidaram, pelo menos por enquanto, o fim das apostas de Selic em um dígito no próximo ano.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (179.930 contratos) subia para a máxima de 10,06%, ante 9,99% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014, com movimento de 62.385 contratos, estava em 10,52% (máxima), de 10,43% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (34.470 contratos) marcava 11,03%, de 11,00% ontem, e o DI janeiro de 2021 (10.355 contratos) avançava para a máxima de 11,22%, de 11,19% no ajuste.
Logo pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) até o dia 22 de dezembro acelerou para 0,78%, ante a alta de 0,72% na segunda leitura do mês.
O grupo Alimentação voltou a ser destaque, passando de +1,27% para um avanço de 1,38%. Além disso, segundo uma fonte que teve acesso à coleta diária da FGV, o IPCA ponta acelerou para 0,46% ontem, de 0,45% na quarta-feira. O grupo Alimentação e Bebidas teve avanço ainda mais expressivo, passando de 1,28% para 1,34% no período.
No exterior, a Europa continuou em clima de feriado, sem informações que pudessem mexer com os negócios. Nos Estados Unidos, por outro lado, algumas notícias ajudaram a sustentar os mercados no azul. Após semanas de debates e falta de consenso, a Câmara e o Senado do país precisaram de apenas alguns minutos nesta sexta-feira para aprovar a prorrogação do corte de dois pontos porcentuais nos impostos sobre a folha de pagamento de 160 milhões de trabalhadores por mais dois meses. O benefício venceria no próximo dia 31 de dezembro.