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Inflação é problema sério e Fed precisa responder, diz Bullard

Presidente do Fed de St. Louis reforçou que taxa deve permanecer alta por algum tempo para garantir controle da inflação

Fed: taxas de juro nos EUA devem ficar altas por mais tempo que o esperado (Kevin Lamarque/Reuters)

Fed: taxas de juro nos EUA devem ficar altas por mais tempo que o esperado (Kevin Lamarque/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 27 de setembro de 2022 às 15h39.

Última atualização em 27 de setembro de 2022 às 16h25.

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de St. Louis, James Bullard, disse que a credibilidade da meta de inflação do Fed foi ameaçada pela inflação elevada.

“Este é um problema sério e precisamos ter certeza de que responderemos adequadamente”, disse Bullard nesta terça-feira, 27, durante uma conferência econômica em Londres. “Elevamos a taxa básica de juro significativamente neste ano e mais aumentos são indicados”, nas previsões mais recentes do Fed.

Autoridades do Fed subiram os juros em 0,75 ponto percentual (p.p.) na semana passada pela terceira reunião consecutiva, o que elevou a meta para a taxa básica dos fundos federais a um intervalo entre 3% e 3,25%. As projeções medianas mostram que as autoridades preveem que os juros chegarão a 4,4% até o fim deste ano e a 4,6% em 2023, uma postura que indica mais aperto monetário do que o previsto em seu chamado “dot plot”, ou gráfico de pontos.

“Acabamos de chegar ao ponto em que podemos argumentar que estamos em território restritivo”, afirmou. Em referência à trajetória refletida no gráfico de pontos do Fed, Bullard disse: “Acho que precisamos permanecer nessa taxa mais alta por algum tempo para garantir que o problema da inflação esteja sob controle”.

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Autoridades do Fed sinalizaram que esperam mais 1,25 ponto percentual em aumentos nas duas últimas reuniões de política monetária do ano, em novembro e dezembro, de acordo com a mediana de suas projeções. Investidores esperam um quarto aumento seguido de 0,75 ponto percentual na reunião de 1º e 2 de novembro, de acordo com preços dos contratos futuros.

Bullard afirmou que os EUA enfrentam risco de recessão. Mas minimizou o grau de ameaça sinalizado nos mercados financeiros pela forma como a curva de juros está invertida — quando títulos de prazo mais curto rendem mais do que os de vencimento mais longo.

“Você esperaria que a curva de juros estivesse invertida com base no cenário nominal, e não necessariamente com base na previsão de uma recessão”, disse. “É encorajador que as expectativas de inflação estejam no lugar certo.”

Autoridades do Fed têm ecoado o mesmo discurso em defesa do aperto monetário para frear a inflação, perto do maior nível em quatro décadas. Mais cedo, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, disse em entrevista à CNBC Europa que é a favor de aumentos contínuos, embora também tenha afirmado que os juros poderiam atingir um pico em março, seguidos por uma pausa em qualquer decisão e, possivelmente, quedas das taxas.

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