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Inflação e juros: mercado aguarda ata do Copom e discurso de Powell nesta terça

Expectativa é de que comunicados tragam novas pistas sobre a trajetória de juros no Brasil e nos Estados Unidos

Sede do Banco Central: ata pode reforçar tom duro do comunicado (Agência Brasil/Reprodução)

Sede do Banco Central: ata pode reforçar tom duro do comunicado (Agência Brasil/Reprodução)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 27 de setembro de 2022 às 06h02.

A atenção dos investidores nesta terça-feira, 26, estará voltada para os próximos passos dos Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos.

Às 8h, o Banco Central brasileiro divulga a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que encerrou o ciclo de alta e manteve a taxa básica de juros em 13,75%.

Com a divulgação da ata, investidores buscam entender até quando o BC deve manter a taxa no patamar atual. 

Embora a decisão em si fosse já esperada, o comunicado foi mais duro do que o previsto, buscando segurar a euforia do mercado em precificar um corte na taxa já para o primeiro trimestre do próximo ano.

O Boletim Focus, que mede a expectativa dos economistas, estima que um corte na taxa deve vir apenas no segundo semestre. 

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No exterior, o grande evento do dia é o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), às 8h30. 

Powell fala após o Fed elevar os juros em 0,75 ponto percentual (p.p.) na última semana, com indicativo de que os juros devem ficar altos por mais tempo do que o esperado pelo mercado.

Nesta segunda, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, reafirmou que ainda há "trabalho a ser feito", com um "longo caminho" no aperto monetário a fim de conter os preços. 

A declaração foi dada durante entrevista virtual ao jornal The Washington Post e reacendeu o clima de aversão a risco, uma vez que juros mais altos por mais tempo tiram a atratividade de investimentos mais arriscados, como as bolsas de valores.

Os principais índices americanos caíram, assim como o Ibovespa, que afundou 2%. O dólar saiu vencedor, e saltou 2,5% contra o real ontem à medida que investidores passaram a buscar opções mais seguras de investimentos.

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