Redatora na Exame
Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 07h31.
Nesta quarta-feira, 12, os mercados estarão de olho na divulgação, às 9h, dos dados de produção industrial de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos Estados Unidos, às 10h30, as atenções se voltam para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro. Analistas americanos estimam uma alta de 0,3% na comparação mensal, com 2,9% de inflação acumulada nos últimos 12 meses.
Os índices futuros de ações abriram em leve baixa à espera da divulgação do índice de preços ao consumidor. Os contratos futuros do S&P 500 recuaram 0,1%, enquanto os do Nasdaq 100 caíram 0,08%. Já o Dow Jones registrou uma perda mais modesta, com queda de 34 pontos.
O movimento era esperado após Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, dizer ao Senado na última terça-feira, 11, que não está com pressa para cortar as taxas de juros. “Com nossa política agora significativamente menos restritiva do que ela tinha sido e a economia se mantendo forte, não precisamos ter pressa para ajustar a abordagem”, afirmou Powell.
Nesta quarta, Powell irá participar ao meio-dia de uma audiência na Câmara dos Estados Unidos. A expectativa é que o presidente do Fed não destoe muito do tom adotado no seu discurso no Senado.
Já no Brasil, os investidores devem acompanhar, às 10h, a palestra do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, no Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças. O evento, feito em parceria com o Cebri e o CDPP, é intitulado "Política Monetária Brasileira" e será transmitido ao vivo pelo YouTube.
Um pouco antes, às 8h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dará uma entrevista para a Rádio Diário FM, de Macapá.
Na manhã desta quarta-feira, 12, as ações da cervejaria holandesa Heineken dispararam 12%, após a empresa divulgar que teve um crescimento no lucro operacional de 8,3% no quarto trimestre de 2024.
O resultado superou as estimativas dos analistas, que projetavam crescimento de 5,3%, e da própria empresa, que previa alta de até 8%.
Os investidores também reagiram positivamente ao anúncio de um programa de compra de ações de € 1,5 bilhão (cerca de R$ 9 bilhões) para os próximos dois anos.
Para 2025, a Heineken projeta um novo crescimento do lucro operacional entre 4% e 8%. O CEO informou que a companhia considerou nas suas projeções as novas tarifas anunciadas pelo presidente americano Donald Trump -- o mercado americano representa menos de 5% da receita global da Heineken.
Trump anunciou que iria impor taxas de 25% sobre produtos vindos do México, onde a Heineken fabrica algumas cervejas para o mercado americano, e que iria aplicar tarifas de 25% sobre todo o aço e alumínio importados. Um porta-voz disse que a Heineken importa as latas prontas para os EUA, então não seria diretamente afetada pelas tarifas sobre o alumínio bruto.
No Brasil, Suzano e Totvs irão divulgar seus resultados após o fechamento do mercado.
Os mercados da Ásia e do Pacífico fecharam o dia em alta, enquanto os investidores analisam o impacto das novas tarifas anunciadas por Trump sobre as economias da região.
No Japão, o índice Nikkei 225 subiu 0,42%, enquanto o Topix encerrou o dia estável. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,37% e o índice de pequenas empresas Kosdaq recuou 0,59%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve alta de 2,41% na última hora de negociação. Na China, o CSI 300 subiu 0,95% e fechou em 3.919,86 pontos. Já na Austrália, o S&P/ASX 200 encerrou o dia com alta de 0,6%.
Na Europa, os mercados abriram em alta enquanto investidores aguardam a divulgação do índice de preços americano. O índice Stoxx 600 registrou alta de 0,13% às 9h25, no horário de Londres.
As ações do setor de alimentos e bebidas estavam com alta de 1,44%, enquanto os papéis de empresas do setor de petróleo e gás caíam 0,83%.