Carrefour: uma das apostas da Península, empresa de investimentos de Abilio Diniz (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2019 às 06h47.
Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 07h16.
São Paulo — Já é consenso que o Banco Central pretende reduzir os juros básicos da economia em mais 0,5 ponto percentual em sua próxima reunião de dezembro, a última de 2019. E os dados da inflação oficial de outubro, aguardados para esta quinta-feira (7), ajudarão a cravar se o destino da Selic ao final de 2019 será mesmo de 4,5% ao ano.
O mercado projeta que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique praticamente estável em outubro, após ter registrado deflação de 0,04% em setembro, o menor resultado para o mês desde 1998, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Influenciada pela queda nos preços de alimentos, a deflação foi um sintoma evidente de que a demanda continua menos aquecida que a oferta no consumo doméstico, um cenário atípico para o descontrolado histórico de preços no Brasil.
Em 12 meses, o indicador desacelerou para 2,89%, ficando abaixo do piso da meta de inflação estimulada pelo governo. O mercado financeiro projeta a inflação em 3,29% no ano fechado de 2019, segundo o Boletim Focus divulgado na segunda-feira (4).
O dado reforça a tese de que a economia precisa de mais estímulos, e a política monetária do BC tem sido o principal instrumento nesta direção via cortes de juros, na ausência de medidas econômicas mais concretas até o momento.
“A menos que haja um erro importante nas projeções do BC, a taxa final nesta fase do ciclo parece ser de 4,5% ao ano, se a performance da inflação continuar a superar a meta do BC, de 4,25%”, destacou o banco UBS em relatório. Se a inflação de outubro vier próxima do dado de setembro, o argumento do BC a favor do atual ritmo de cortes da Selic ganha mais um reforço.