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Inflação chinesa cai em ritmo mais acelerado desde 2009

Queda foi pior do que as expectativas dos economistas, que previam 0,5%

Os dados aumentam a pressão sobre o governo para intensificar o apoio à recuperação econômica (Thomas Ruecker/Getty Images)

Os dados aumentam a pressão sobre o governo para intensificar o apoio à recuperação econômica (Thomas Ruecker/Getty Images)

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 10h45.

A inflação tem caído de forma acelerada na China, evidenciando as dificuldades do gigante asiático em recuperar a demanda em sua economia. O índice de preços ao consumidor caiu 0,8% em janeiro em relação ao ano anterior, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas nesta quinta-feira, 8. 

A queda foi pior do que as expectativas dos economistas, que previam 0,5%. Além disso, aconteceu no ritmo mais acelerado desde 2009, com a crise financeira global.

Já o índice de preços ao produtor caiu 2,5%, marcando 16 meses consecutivos de deflação nos custos de fábrica.

Os dados aumentam a pressão sobre o governo para intensificar o apoio à recuperação econômica. O cenário afeta também o mercado de ações, que atingiu seu pior momento em cinco anos na semana passada. 

O governo tem tentado estimular a economia com medidas como liberar dinheiro a longo prazo para os bancos e emitir mais títulos do governo para financiar projetos de construção. A China também tomou uma série de medidas para conter a venda US$ 5 trilhões de ações. Pequim também trocou o chefe do principal regulador de valores mobiliários do país, enviando ondas 

O índice de referência CSI 300 subiu 0,4% na quinta-feira, encaminhando-se para o quarto dia consecutivo de ganhos. O yuan ficou pouco alterado em 7,1945 por dólar.

Se a China não conseguir reverter a tendência deflacionária, pode entrar em um ciclo vicioso, com as pessoas adiando compras devido à expectativa de que os preços continuem caindo. O resultado seria maior desaceleração ainda no consumo.

Os economistas veem pressão deflacionária na China continuando por pelo menos mais seis meses, em grande parte devido à turbulência imobiliária. Embora a China tenha alcançado uma meta oficial de crescimento de “cerca de 5%” em 2023, repetir um desempenho semelhante este ano pode ser difícil sem esforços maiores por parte dos formuladores de políticas.

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