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Indústria de papel cartão Ibema prepara entrada na Bolsa

Empresa está atrás das gigantes Klabin e Suzano Papel e Celulose

Bolsas pelo mundo (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Bolsas pelo mundo (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 13h31.

São Paulo - A Ibema, terceira maior fabricante de papel cartão do País, atrás das gigantes Klabin e Suzano Papel e Celulose, oficializou nesta terça-feira a intenção de entrar na Bolsa brasileira, conforme antecipado pela Agência Estado. Ao ingressar no Bovespa Mais, a Ibema almeja captar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões para dar início a um movimento de consolidação entre empresas de menor porte no setor. O objetivo é se tornar a segunda maior comercializadora de papel cartão do País até 2014, à frente da Suzano.

"Já estamos em negociações com alguns fabricantes e, assim que tivermos recursos, começaremos a fechar acordos. Eles podem ser via troca de ações, como pensamos com a Papirus, via compra de produção, aluguel de fábrica ou eventualmente aquisição", destaca o diretor administrativo financeiro, Clécio Chiamulera, em referência a uma fusão com a concorrente Papirus estudada entre 2010 e 2011. "A grande maioria dessas empresas menores tem interesse (em acordos com a Ibema)", complementa.

O acordo com a Papirus deve ser o primeiro passo significativo da Ibema para superar a Suzano. A auditoria na concorrente já foi realizada e há análises em estudo sobre como a união poderia ser formalizada. Juntas, Ibema e Papirus respondem por aproximadamente 23% das vendas de papel cartão no Brasil. A Suzano detém os mesmos 23%, com vendas de aproximadamente 200 mil toneladas anuais. A líder é a Klabin, com 30% do mercado, segundo estimativas da Ibema.

"As características de nossas máquinas são complementares. A nossa é melhor para produzir a partir de fibra virgem e a da Papirus é muito adequada para produtos reciclados", justificou Chiamulera em coletiva de jornalistas realizada em São Paulo.

Para desbancar a Suzano, a Ibema deve se aliar à Papirus e ainda incorporar o volume de ao menos mais uma empresa de menor porte. O modelo estudado prevê que a Ibema ofereça matéria-prima para essa empresa menor e passe a comercializar sua produção. Em um segundo momento, a produção seria incorporada efetivamente pela Ibema. "Não falamos em ser a segunda maior produtora, mas sim em sermos a segunda maior comercializadora. Hoje vendemos só o que produzimos e estamos avançados em negociações para adquirir a produção de outras empresas", diz Chiamulera.

Esse movimento deve ser intenso nos próximos anos e com isso a companhia poderia chegar a um faturamento superior a R$ 500 milhões, considerado o piso mínimo para uma empresa que pretende abrir o capital na Bolsa. Hoje, a Ibema fatura aproximadamente R$ 240 milhões, número que deve subir para cerca de R$ 300 milhões em 2013.

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