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Índices europeus perdem 3% por desastre no Japão

A continuidade das incertezas em relação aos esforços para estabilizar certas instalações nucleares manterá as ações sob pressão

O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 declinou pelo quinto pregão seguido (Ian Waldie/Getty Images)

O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 declinou pelo quinto pregão seguido (Ian Waldie/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 08h18.

Londres - As bolsas de valores da Europa caíam mais de 3 por cento nesta terça-feira, atingindo o menor patamar em 14 semanas após o Japão alertar sobre uma elevação considerável nos níveis de radiação decorrentes de explosões em uma das usinas nucleares afetadas pelo terremoto de sexta-feira.

A corretora Nomura disse que a continuidade das incertezas em relação aos esforços para estabilizar certas instalações nucleares manterá as ações sob pressão, mas que o mercado pode se recuperar rápido.

O apetite caía ainda mais por ativos de maior risco, como ações. O índice de volatilidade VDAX-NEW disparava 30 por cento, para a máxima em mais de nove meses. A bolsa do Japão despencou mais de 10 por cento, com os dois últimos dias de queda tirando 620 bilhões de dólares do mercado.

Às 7h48 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 declinava pelo quinto pregão seguido, perdendo 3,22 por cento, aos 1.073 pontos. Mais cedo, o índice caiu a 1.067 pontos, o menor patamar desde o início de dezembro.

"O mercado fará o melhor para precificar o pior cenário possível e nós iremos progredir a partir daí. Mas a situação é muito fluida e está mudando de hora em hora, e nós também temos de considerar os eventos no Oriente Médio", disse Keith Bowman, analista de ações da Hargreaves Lansdown.

"Os fundos japoneses têm uma considerável quantia de dívida estrangeira, e há preocupações de que os eventos possam fazê-los vender parte de suas dívidas e repatriar os fundos." Com níveis baixos de radiação rumando para Tóquio, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, pediu que as pessoas em um raio de 30 quilômetros da usina fiquem em casa.

As montadoras de veículos tinham o pior desempenho, com o índice do setor caindo 4,6 por cento após fechamentos de usinas e preocupações sobre a oferta de autopeças. A BMW caía 4 por cento, enquanto a Daimler AG se depreciava 5 por cento.

O índice STOXX Europe 600 do setor de seguros caía 3,7 por cento, com a AXA perdendo 3,2 por cento e a Prudential recuando 3,83 por cento.

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