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Índices europeus recuam com Renault perdendo US$ 2 bi em valor de mercado

Ações de empresa automotiva caíram 9,4% depois que seu CEO, Carlos Ghosn, que também é chair da montadora japonesa Nissan, foi preso no Japão

Tombo da Renault: influência das ações da companhia e de empresas de tecnologia levou índices europeus ao menor patamar em três semanas (Miguel Medina/AFP)

Tombo da Renault: influência das ações da companhia e de empresas de tecnologia levou índices europeus ao menor patamar em três semanas (Miguel Medina/AFP)

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Reuters

Publicado em 19 de novembro de 2018 às 16h26.

Última atualização em 19 de novembro de 2018 às 16h30.

Londres/Milão - Os índices europeus voltaram a cair nesta segunda-feira, 19, fechando na mínima de três semanas conforme as ações de tecnologia enfrentaram uma nova pressão de vendas com as preocupações sobre demanda do iPhone da Apple e com a queda vertiginosa da montadora Renault após a prisão de seu CEO por suposta má conduta financeira.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,71 por cento, a 1.399 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,73 por cento, a 355 pontos.

O STOXX 600 abriu em alta de 0,6 por cento, mas caiu rapidamente, encerrando o dia com recuo de 0,7 por cento, o quarto pregão consecutivo de quedas. O mercado baixista atual tornou consideravelmente mais difícil que os índices segurem ganhos iniciais.

A Renault teve a maior queda do STOXX 600 depois que seu CEO, Carlos Ghosn, que também é chair da montadora japonesa Nissan, que é parceira da Renault, foi preso no Japão por suspeitas de declarar um salário menor. A queda dramática de uma das pessoas mais conhecidas na indústria global de automóveis levantou dúvidas entre investidores sobre o futuro da aliança, derrubando as ações da Renault em 9,4 por cento, para seu menor nível desde outubro de 2014.

"É difícil não concluir que haverá um golfo se abrindo entre a Renault e a Nissan", disse Max Warburton, analista da Bernstein, elevando a perspectiva de uma potencial "re-japanização" da Nissan e o fim da aliança. A queda, a maior desde o plebiscito do Reino Unido para deixar a União Europeia, eliminou cerca de 2 bilhões de dólares em valor de mercado da companhia.

O setor que mais perdeu foi o de tecnologia, com recuo de 2 por cento, para uma mínima de 20 meses no fechamento, com o setor atingido por um recuo das ações da Apple, por temores sobre a demanda por iPhone.

O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 0,71 por cento, a 1.399 pontos.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,19 por cento, a 7.000 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,41 por cento, a 11.210 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,79 por cento, a 4.985 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,29 por cento, a 18.823 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,56 por cento, a 9.006 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,21 por cento, a 4.903 pontos.

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