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Ibovespa tem sessão instável e elétricas pressionam

Destaque para as ações da Eletrobras, que desabam 6,28%

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 14h29.

São Paulo - Apesar do cenário externo positivo, depois do aguardado discurso do chairman do banco central dos Estados Unidos, a Bovespa tinha um pregão instável nesta sexta-feira, bastante pressionada pelo tombo das ações do setor elétrico.

Às 13h59, o Ibovespa tinha queda de 0,12 por cento, a 57.186 pontos. Até o momento, o índice oscilou entre queda de 0,35 por cento e alta de 1,01 por cento. O giro financeiro do pregão era de 4,05 bilhões de reais.

A insegurança jurídica com o setor elétrico motivava investidores à desmontar posições em papéis dessas companhias, que lideravam as perdas do Ibovespa.

Destaque para as ações da Eletrobras, que desabavam 6,28 por cento, a 13,29 reais, e a transmissora Cteep , que perdia 7,79 por cento, a 46,15 reais.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decretará nesta sexta-feira a intervenção nas distribuidoras do Grupo Rede Energia, com exceção da paraense Celpa, disse à Reuters uma fonte que acompanha de perto o processo.

Dentre as blue chips, a preferencial da Petrobras tinha queda de 0,57 por cento, a 20,92 reais. Já OGX subia 2 por cento, a 6,13 reais, e a preferencial da Vale avançava 1,86 por cento, a 32,92 reais.

As ações da câmara de compensação Cetip e da Suzano Papel e Celulose também operavam em alta, após os papéis terem sido incluídos na carteira teórica do Ibovespa para o período de setembro a dezembro.

Na bolsa de Nova York, o índice Dow Jones subia 0,63 por cento e o S&P 500 avançava 0,47 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em alta de 0,46 por cento.

Após o susto inicial, os mercados externos reagiam bem ao aguardado discurso do chairman do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, num simpósio de bancos centrais em Jackson Hole.


Bernanke afirmou que o Federal Reserve agirá conforme o necessário para fortalecer a recuperação econômica do país, mas não deu sinais explícitos de ações iminentes.

"Os mercados caíram quando o discurso terminou, mas logo depois foi reacendida a esperança de que o Fed voltará em setembro com outra rodada de estímulo monetário", disse o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos em Florianópolis.

Para a semana que vem, investidores devem monitorar de perto a reunião do Banco Central Europeu, no dia 6, em busca de medidas concretas contra a crise da dívida na zona do euro.

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