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Após ajustes, Ibovespa fecha pela 9ª sessão no azul

Índice fechou com variação positiva de 0,07%, a 51.574 pontos, com giro financeiro de R$ 12,86 bilhões, inflado pelo vencimento de opções


	Pregão da Bovespa: índice chegou a subir cerca de 1% perto do horário em que se encerrou o prazo para o exercício de contratos de opções
 (Marcel Salim/EXAME.com)

Pregão da Bovespa: índice chegou a subir cerca de 1% perto do horário em que se encerrou o prazo para o exercício de contratos de opções (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2013 às 18h15.

São Paulo - O principal índice da Bovespa teve leve reversão já nos ajustes do pregão desta segunda-feira, mas o bastante para emendar a nova sessão no azul, em dia volátil marcado pelo exercício de opções sobre ações.

O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,07 por cento, a 51.574 pontos. O giro financeiro foi de 12,86 bilhões de reais, inflado pelo vencimento de opções, que movimentou 4,02 bilhões de reais.

O índice chegou a subir cerca de 1 por cento perto do horário em que se encerrou o prazo para o exercício de contratos de opções, mas praticamente anulou os ganhos em seguida.

"Com a passagem do exercício, o mercado foi se ajustando em função do cenário externo, com o índice de metais lá fora, o petróleo e as bolsas norte-americanas caindo", afirmou o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença.

As bolsas dos Estados Unidos recuaram pela quarta sessão seguida, com investidores apreensivos à espera da ata do Federal Reserve, banco central norte-americano, que será divulgada na quarta-feira e dará novas indicações sobre o momento em que a instituição pretende reduzir seu programa de estímulos.

Puxaram o Ibovespa para baixo os papéis de BM&F Bovespa e do Banco do Brasil. Também caíram papéis do setor imobiliário, como Gafisa e Rossi Residencial, e empresas de consumo, como Hering, Lojas Renner e Natura, em meio à desconfiança de investidores quanto à economia doméstica, à valorização do dólar e ao cenário de alta das taxas de juros mais altas.

"O mercado todo está saindo do ciclo das empresas de consumo e fazendo posição nas globais (...) em detrimento de tudo que tem ciclicidade doméstica", afirmou o sócio da Humaitá Investimentos Frederico Mesnik.

As taxas de juros futuros tiveram a sexto alta, com o mercado dividido sobre os próximos passos do Banco Central na condução da política monetária. Parte dos investidores passaram a acreditar em uma alta mais acentuada da Selic, a taxa básica de juros, já na semana que vem.

Na ponta de alta do índice, o setor de siderurgia foi destaque, impactadas pela valorização do dólar, que favorece o faturamento de exportadoras. Beneficiaram ainda o setor notícias sobre reajustes nos preços do aço.

Uma fonte informou à Reuters que a CSN anunciou reajustes de preços de aço junto a distribuidores, enquanto a rival Usiminas também decidiu elevar seus preços.

Em relatório a clientes, analistas do HSBC elevaram preços-alvos para as ações de CSN, de Usiminas e de Gerdau, citando os reajustes e um "mini ciclo" global de melhora nos preços internacionais do aço.

Outras exportadoras como Suzano e Fibria também avançaram.

Segundo Mesnik, da Humaitá Investimentos, o mercado aguardava uma realização de lucros após a série de altas do Ibovespa, que não ocorreu mesmo após o vencimento de contratos de opções sobre índice futuro na semana passada e o vencimento de opções sobre ações nesta segunda.

Atualizado às 18h14min.

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