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Bovespa sobe 0,5% após declarações nos EUA animarem mercados

Boas perspectivas sobre acordo nos EUA para evitar abismo fiscal animam mercado


	Sede da BM&FBovespa, em São Paulo: mercados oscilaram conforme o tom de declarações sobre o impasse nos Estados Unidos
 (Gustavo Kahil/EXAME.com)

Sede da BM&FBovespa, em São Paulo: mercados oscilaram conforme o tom de declarações sobre o impasse nos Estados Unidos (Gustavo Kahil/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2012 às 16h59.

A Bovespa encerrou os negócios desta quarta-feira em alta, com investidores reagindo bem a declarações de lideranças dos Estados Unidos, que indicaram que o país conseguirá chegar a um acordo e evitar o chamado abismo fiscal.

O Ibovespa subiu 0,52 por cento, a 56.539 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,6 bilhões de reais, ante média diária de 7,2 bilhões de reais em 2012.

Os mercados oscilaram ao sabor de comentários sobre o avanço das negociações nos EUA para evitar que uma série de corte de gastos e aumento de impostos entrem automaticamente em vigor em 2013 --o que poderia jogar o país novamente em recessão.

O tom negativo do líder da maioria no Senado dos EUA, Harry Reid, na véspera, pesou nos mercados no começo dos negócios e levou o Ibovespa a perder 1 por cento na mínima intradiária.

Mas comentários do presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, e do presidente dos EUA, Barack Obama, deixaram investidores mais otimistas sobre um acordo até o fim do ano.


"O mercado está claramente sem convicção, flutuando com base em declarações ora positivas, ora negativas, sobre o abismo fiscal", disse o gestor Caio Mesquita, da Gradius Gestão.

Segundo ele, se os EUA conseguirem chegar a um acordo, isso pode animar investidores no curto prazo, mas não deve ser suficiente para eliminar preocupações com a economia global.

"Há muito pouca visibilidade no horizonte, os problemas estruturais dos EUA e Europa ainda precisam ser resolvidos e isso deve manter os mercados em compasso de espera." Em Nova York, o índice Dow Jones avançava 0,58 por cento e o S&P 500 subia 0,4 por cento às 17h39. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou com alta de 0,15 por cento.

Por aqui, a preferencial da Usiminas e a ordinária da Hypermarcas impulsionaram o Ibovespa, com alta de 3,18 e 3,64 por cento, respectivamente.

B2W saltou 11,79 por cento, após ter avançado quase 18 por cento na véspera, quando analistas do Bank of America Merrill Lynch elevaram a recomendação e preço-alvo para a companhia de comércio eletrônico.


Ações de elétricas tiveram mais um dia de recuperação, após o governo ter indicado menos rigidez no processo de renovação antecipada das concessões do setor. Destaque para a preferencial da Cesp, que subiu 2,94 por cento.

No setor de petróleo e gás, a preferencial da Petrobras avançou 0,76 por cento, a 18,65 reais, enquanto a ordinária da OGX perdeu 0,68 por cento, a 4,41 reais.

A preferencial da mineradora Vale caiu 1,43 por cento, a 35,22 reais.

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