Telão da Bovespa: a queda das ações de Petrobras e Bradesco limitou os ganhos do principal índice da bolsa (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 17h23.
O principal índice acionário da Bovespa encerrou a sessão desta terça-feira em alta, apoiado em ajustes técnicos após o tombo da véspera e beneficiado pela melhora de índices em Wall Street.
O Ibovespa subiu 0,63 por cento, a 60.406 pontos, num pregão instável em que passou o dia alternando alta e baixa.
O giro financeiro do pregão foi de 6,94 bilhões de reais.
Para o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, a melhora do índice norte-americano Dow Jones abriu espaço para ajustes técnicos na Bovespa, após a queda de 1,87 por cento da véspera, mas o clima do mercado ainda é de nervosismo.
"Isso é decorrente das incertezas sobre o desempenho da economia brasileira neste ano, além da situação fiscal dos Estados Unidos, que ainda está pendente", avaliou Galdi.
O setor de siderurgia foi a principal influência positiva para o Ibovespa , com destaque para a preferencial da Usiminas , que subiu 2,6 por cento, após seis pregões consecutivos de desvalorização.
O analista Marcelo Aguiar, do Goldman Sachs, escreveu em relatório nesta terça-feira que o fraco desempenho das ações de siderúrgicas brasileiras era injustificado e "excessivo".
A preferencial da mineradora Vale e a ordinária da petrolífera OGX também ajudaram a levantar o índice, com alta de 1,2 e 1,5 por cento, respectivamente.
Já a preferencial da Petrobras caiu 1,34 por cento e foi a principal influência negativa para o índice, seguida por Bradesco, que perdeu 1,15 por cento --ampliando as perdas da véspera, quando o banco divulgou resultado um pouco abaixo do esperado pelo mercado.
A preferencial da Suzano liderou as perdas do índice, com queda de 3,84 por cento, a 7,27 reais, enquanto a da Braskem apareceu na outra ponta, com alta de 5,2 por cento, a 14,77 reais.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subia 0,54 por cento e o S&P 500 tinha alta de 0,51 por cento às 18h11 (horário de Brasília), com as atenções no Federal Reserve, banco central dos EUA, que iniciou sua reunião de dois dias, na qual se espera a manutenção da política de afrouxamento monetário.
Sinais de recuperação do mercado imobiliário norte-americano também ajudaram a dar um tom positivo para a sessão, opondo-se ao dado de confiança do consumidor dos EUA, que caiu à mínima em mais de um ano. (Por Danielle Assalve; Edição de Aluísio Alves)