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Após marca histórica, Bolsa opera em alta; Dólar cai e beira R$3,75

As atenções do mercado estão voltadas para a primeira reunião ministerial do governo de Jair Bolsonaro, que acontece nesta manhã

Ibovespa: na quarta, o principal índice da Bolsa fechou a 91.012,31 pontos, maior patamar de fechamento da sua história, em alta de 3,56% (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Ibovespa: na quarta, o principal índice da Bolsa fechou a 91.012,31 pontos, maior patamar de fechamento da sua história, em alta de 3,56% (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 3 de janeiro de 2019 às 11h57.

Última atualização em 3 de janeiro de 2019 às 12h43.

O Ibovespa ensaiava melhora nesta quinta-feira, após uma abertura mais fraca, renovando máxima intradia histórica, com avaliações positivas entre agentes de mercado das primeiras sinalizações do novo governo para a economia descolando o pregão brasileiro do viés mais negativo em praças acionárias no exterior.

Às 11:49, o principal índice de ações da B3 subia 0,23 por cento, a 91.224,97 pontos. Na máxima, subiu 0,64 por cento, a 91.596,28 pontos, novo recorde intradia. O volume financeiro somava 3,5 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa fechou a 91.012,31 pontos, maior patamar de fechamento da sua história, em alta de 3,56 por cento.

Já o dólar operava em queda firme, tendo se aproximado de 3,75 reais na mínima durante a manhã, ainda sob influência do otimismo do mercado com o governo, mas acompanhando à distância a maior aversão ao risco no mercado internacional.

Às 12:08, a moeda norte-americana recuava 1,29 por cento, a 3,7605 reais na venda, depois de encerrar a primeira sessão do ano em queda de 1,71 por cento, a 3,8096 reais.

Na mínima da sessão, a moeda atingiu 3,7600 reais. Na máxima, foi a 3,8088 reais. O dólar futuro tinha baixa de 0,42 por cento.

A equipe de estratégia da XP Investimentos, liderada por Karel Luketic, considerou "contundente" o discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes, na véspera, "que renovou as expectativas em torno da implementação de uma agenda liberal com redução da carga tributária, privatizações e redução de cargos".

Também chamou a atenção para a fala do novo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, no sentido de renovar o compromisso com a capitalização da Eletrobras; e a permanência do presidente da elétrica, Wilson Ferreira Júnior.

"A implementação de uma agenda liberal tal como sinalizada nos discursos reforça nossa visão positiva para a bolsa, cujos patamares atuais de múltiplos...ainda não anteveem uma expansão acelerada de lucros com base em um crescimento longo e sustentável da economia", disse em relatório a clientes.

"Evidentemente que todo o foco estará na execução dos discursos de agora em diante", ressaltou a equipe da XP.

Nesse contexto, as atenções estão voltadas para a primeira reunião ministerial do governo de Jair Bolsonaro, que acontece nesta manhã, na qual estava prevista a discussão de medidas, segundo sinalizou o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, na véspera.

No exterior, os futuros acionários norte-americanos eram minados pela divulgação de vendas mais fracas do que o esperado pela gigante Apple no final da quarta-feira, que também afetou bolsas na Ásia e Europa. Os preços do petróleo e do minério de ferro, por sua vez, tinham uma sessão positiva.

O viés negativo em bolsas no exterior endossavam alguma realização de lucro no pregão brasileiro, fazendo o Ibovespa cair 0,6 por cento mais cedo, na mínima até o momento.

DESTAQUE

- SABESP subia 13,6 por cento, ainda apoiadas por comentários do novo governo do Estado de São Paulo na véspera, que citou avaliação de possibilidade de privatização da companhia estadual de água e saneamento. Os papéis atingiram máxima intradia histórica a 39,08 reais. Para analistas do Bradesco BBI, a notícia é bastante positiva e deve trazer a discussão de uma potencial privatização para a mesa pela primeira vez. "Tal evento - que já foi descartado pelo governador João Doria (do PSDB) - pode ser a melhor opção financeira para o Estado, bem como a melhor oportunidade para aprimorar os serviços que a empresa oferece à população", afirmaram em nota a clientes. Na véspera, as ações fecharam em alta de 9,1 por cento.

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB avançavam 5,5 e 5,8 por cento, respectivamente, ainda embaladas pela sinalização do ministro de Minas e Energia, de que pretende levar adiante a capitalização da elétrica de controle estatal, além manutenção do presidente-executivo da companhia, Wilson Ferreira Jr.. "Vemos as notícias como muito positivas para as ações da Eletrobras porque acreditamos que ele está bem preparado para retomar a discussão sobre a capitalização da empresa", afirmaram analistas do Itaú BBA. Na véspera, os papéis subiram 20,7 e 14,5 por cento, respectivamente.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON valorizavam-se 1,95 e 2 por cento, respectivamente, respaldadas pela alta dos preços do petróleo no mercado externo, além de expectativas positivas relacionadas à gestão da petrolífera de controle estatal. A posse do novo presidente da estatal, Roberto Castello Branco, está prevista para às 16h desta quinta-feira.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 2 por cento, após fechar em máxima histórica na véspera, mas BRADESCO PN subia 0,4 por cento, BANCO DO BRASIL tinha alta de 0,5 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT avançava 2,25 por cento.

- SUZANO recuava 3,3 por cento, tendo de pano de fundo o declínio de cerca de 1 por cento do dólar frente ao real. No final da quarta-feira, a fabricante de papel e celulose anunciou um pequeno ajuste na relação de troca das ações no âmbito da fusão com a Fibria, anunciada no ano passado. A relação de troca das ações da holding detidas por acionistas da Fibria por ações da Suzano foi ajustada de 0,4611 para 0,4613 ação.

- VALE recuava 1,4 por cento, alinhada ao declínio de mineradoras na Europa, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China.

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