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Bovespa reduz perdas perto do final do pregão

Investidores estão se ajustando à perspectiva de que o Fed, banco central dos EUA, começará a reduzir seu programa de estímulos monetários ainda neste ano


	Às 16h58, o índice referencial do mercado brasileiro recuava 0,48 %, a 47.661 pontos. O giro financeiro do pregão era de 9,6 bilhões de reais, já acima da média diária de 2013
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Às 16h58, o índice referencial do mercado brasileiro recuava 0,48 %, a 47.661 pontos. O giro financeiro do pregão era de 9,6 bilhões de reais, já acima da média diária de 2013 (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2013 às 17h32.

São Paulo - A Bovespa tinha mais um dia de nervosismo nesta quinta-feira, mas reduzia perdas perto do final do pregão, com investidores se ajustando à perspectiva de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, começará a reduzir seu programa de estímulos monetários ainda neste ano.

Às 16h58, o índice referencial do mercado brasileiro recuava 0,48 %, a 47.661 pontos. O giro financeiro do pregão era de 9,6 bilhões de reais, já acima da média diária de 2013.

No pior momento do pregão, pela manhã, o Ibovespa afundou 4,1 %, a 45.929 pontos, no menor patamar em mais de quatro anos. Mas a queda acentuada chamou compradores para o mercado, levando o índice a reduzir as perdas à tarde.

"O mercado agora é de curto prazo, oportunista e sem grandes expectativas", disse o gestor Frederico Mesnik, sócio fundador da Humaitá Investimentos em São Paulo.

"O pessoal cansou", acrescentou, citando ainda a crescente falta de confiança dos investidores estrangeiros na economia brasileira. Comentários feitos na véspera pelo chairman do Fed, Ben Bernanke, continuavam a repercutir com força nos mercados, diante da indicação de que o BC norte-americana poderá começar a reduzir seu programa de compra mensal de 85 bilhões de dólares em títulos ainda neste ano.

"O mundo inteiro está desequilibrado", disse Álvaro Bandeira, sócio da Órama Investimentos no Rio de Janeiro. "Os investidores ainda estão se adaptando, ajustando os fluxos a esse novo cenário e é natural vermos volatilidade."

O dólar ganhava terreno no mundo todo e subia forte ante o real, chegando ao patamar de 2,27 reais, mesmo após atuação do Banco Central por meio de leilão de swap tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. Wall Street afundava mais de 2 % na sessão, enquanto as ações europeias tiveram sua pior queda diária em 19 meses nesta quinta-feira.

Por aqui, as ações da petrolífera estatal Petrobras e da mineradora Vale eram as principais contribuições negativas para o índice. A queda era limitada, no entanto, pelo avanço das ações da petrolífera OGX. Além das preocupações com a retirada dos estímulos pelo Fed, os negócios desta quinta-feira também eram pressionados por dados negativos da indústria da China, principal parceiro comercial do Brasil.


"É um movimento de pânico. A bolsa brasileira já vinha mal, com os fundamentos econômicos do Brasil sendo criticados aqui e lá fora e o investidor estrangeiro saindo da bolsa", disse João Pedro Brugger, analista na Leme Investimentos, em Florianópolis.

Os estrangeiros retiraram 5,52 bilhões de reais da bolsa brasileira em junho, até dia 18, segundo os últimos dados divulgados pela BM&FBovespa. No plano corporativo, destaque para as ações da companhia de carvão CCX, do grupo de EBX, do empresário Eike Batista.

A ação, que não faz parte do Ibovespa, caía mais de 40 %, após Eike desistir de oferta pública de recompra de ações (OPA) devido a piora nas condições de mercado.

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