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Ações da Petrobras caem na Bovespa e Lava Jato segue no foco

Com o quadro externo no radar após ataques em Bruxelas, investidores seguem atentos ao noticiário político doméstico


	Fachada do Bovespa: às 10h12, o Ibovespa caía 0,56%, a 50.885, 48 pontos
 (Bloomberg)

Fachada do Bovespa: às 10h12, o Ibovespa caía 0,56%, a 50.885, 48 pontos (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2016 às 11h04.

São Paulo - A Bovespa abriu em queda nesta terça-feira, 22, com as ações da Petrobras em baixa firme, após o rombo histórico que a companhia teve no ano passado, divulgado na noite da segunda-feira, 21.

Enquanto isso, o noticiário político segue no foco dos investidores, com a deflagração da 26ª fase da Operação Lava Jato, que tem como alvo central a empreiteira Odebrecht.

Às 10h25, o Ibovespa caía 0,65%, aos 50.839,42 pontos. Entre as blue chips, Petrobras (ON -1,85% e PN -2,98%) recuava firme, enquanto Vale (ON -0,59% e PN -1,25%) e bancos (Itaú PN -0,93% e Bradesco -0,97%) também operavam no vermelho.

Os futuros de Nova York também apresentam perdas, em meio ao clima de aversão ao risco provocado pelos atentados terroristas na Bélgica. O índice Dow Jones futuro perdia 0,34%.

O prejuízo recorde de R$ 34,836 bilhões da Petrobras em 2015 foi 61% pior do que o acumulado no ano anterior.

O resultado da companhia foi pressionado por perdas bilionárias na linha financeira, resultado da variação cambial, e pela queda abrupta na cotação internacional do petróleo no período.

Apenas a identificação de irregularidades em contratos provocou uma baixa de R$ 6,194 bilhões naquele ano.

A alavancagem líquida da Petrobras, medida pela relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido, fechou o quarto trimestre em 60%, levemente abaixo da marca de 65% registrada no final de setembro de 2015.

Já a relação entre dívida líquida e Ebitda, que estava em 5,24 vezes no término do terceiro trimestre do ano passado, fechou o ano em 5,31 vezes.

Ambos os números permanecem significativamente acima das metas estabelecidas pela Petrobras, de até 35% e 2,5 vezes, respectivamente.

No campo político, o vice-presidente da República, Michel Temer, está em São Paulo, ainda sem previsão de retorno a Brasília, e com isso impossibilita o encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na Lava Jato, a Odebrecht é um dos alvos da nova fase, batizada de "Xepa", e deflagrada na madrugada desta terça-feira.

A força-tarefa dessa operação investiga uma estrutura secreta do Grupo Odebrecht que seria utilizada para pagamentos ilícitos. Estão sendo cumpridos 110 mandados judiciais.

Segundo o Ministério Público Federal, os pagamentos ilícitos teriam ocorrido até pelo menos o segundo semestre de 2015.

Matéria atualizada às 11h03

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