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Ibovespa volta a cair forte e zera ganhos em 2012

Desempenho é influenciado pela Grécia e por balanços abaixo do esperado

Pregão da Bovespa (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Pregão da Bovespa (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 16h36.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista acentuou o ritmo de queda e recuava mais de 2 por cento nesta terça-feira, zerando os ganhos acumulados no ano, pressionado pelo forte cenário de aversão ao risco provocado pelo impasse político na Grécia e por resultados corporativos piores que o esperado no Brasil.

Às 16h03, o Ibovespa tinha queda de 2,17 por cento, a 56.291 pontos. O giro do pregão era de 5,9 bilhões de reais. "O motivo da aversão ao risco continua sendo Europa, com foco na Grécia após o presidente não conseguir formar governo de coalizão, o que pode levar o país a ter de sair da zona do euro", disse Pedro Galdi, estrategista-chefe na SLW Corretora.

A Grécia informou que vai realizar novas eleições, depois que várias tentativas de acordo para formar um governo de coalizão fracassarem. As novas eleições devem ocorrer até a metade de junho. "O Ibovespa zerou a gordura acumulada no ano e tem a tendência de buscar um piso mais baixo. Esse cenário afasta ainda mais os investidores", afirmou Galdi. Resultados corporativos piores que o esperado no Brasil também contribuem para a debandada na Bovespa.

Papéis de construção derretiam, com destaque para a queda de 14 por cento, a 9,52 reais, da MRV Engenharia. A construtora e incorporadora teve queda de 23,9 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre na comparação anual, abaixo das expectativas do mercado. OGX recuava 7 por cento, a 12,14 reais, também refletindo em parte o mau humor dos investidores ao resultado do primeiro trimestre, quando a empresa registrou prejuízo líquido de 144,8 milhões de reais.

A preferencial da Vale subia 0,2 por cento, a 37,45 reais, enquanto a preferencial da Petrobras caía 1,85 por cento, a 18,55 reais. Nesta manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou um aumento nos preços da gasolina, possibilidade que vinha sendo cogitada dada a valorização do barril de petróleo no mercado internacional. Em sentido oposto, a Marfrig tinha alta de 5,1 por cento, após alta do lucro no primeiro trimestre para 34,5 milhões de reais.

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