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Bolsa cai e fecha 1ª semana no vermelho em mais de um mês

Com o leve recuo no dia, o índice fechou a semana no vermelho pela primeira vez depois de cinco semanas seguidas de alta


	Bovespa: índice passou a ter queda menor ao longo do dia, depois que as ações da Vale começaram a subir e ajudaram a compensar parte do recuo dos bancos.
 (Marcel Salim/EXAME.com)

Bovespa: índice passou a ter queda menor ao longo do dia, depois que as ações da Vale começaram a subir e ajudaram a compensar parte do recuo dos bancos. (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2016 às 17h53.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou praticamente estável nesta quinta-feira, véspera de feriado, depois de devolver quase todo o recuo registrado pela manhã, conforme as ações da Vale firmaram-se no azul e ajudaram a compensar a pressão negativa de bancos.

O quadro político doméstico seguiu no centro das atenções e adicionou volatilidade no pregão, com incertezas no front externo corroborando o viés mais cauteloso nas operações.

O Ibovespa caiu 0,07 por cento, a 49.657 pontos. Na mínima, perdeu 1,8 por cento, abaixo de 49 mil pontos.

O volume financeiro do pregão somou 5,98 bilhões de reais, novamente abaixo da média do mês, de 9,8 bilhões de reais. O Ibovespa quebrou uma sequência de cinco semanas de ganhos, acumulando queda de 2,28 por cento nesta semana.

De acordo com o analista Vitor Junji Suzaki, da corretora Lerosa, a Bovespa está encerrando a semana em "modo cautela", que se reflete no volume, diantes de incertezas na esfera política, com eventos relevantes nos próximos dias.

Ele destacou a reunião do diretório nacional do PMDB na próxima terça-feira, que decidirá sobre se a sigla deixa o governo federal. "Uma eventual divisão no partido adicionaria temores quanto à celeridade tão desejada pelo mercado local para o impeachment da presidente Dilma Rousseff", afirmou.

O cenário externo desfavorável para mercados emergentes endossou movimentos de realização de lucros, conforme o Ibovespa acumula em março alta ao redor de 16 por cento.

No front externo, especulações de alta dos juros nos Estados Unidos mais cedo e incertezas no front geopolítico após ataques em Bruxelas ditaram o tom.

Destaques

- BANCO DO BRASIL perdeu 3,31 por cento, vítima de realização de lucros, em sessão de queda no setor bancário, com ITAÚ UNIBANCO caindo 1,05 por cento e BRADESCO cedendo 1,8 por cento.

- VALE teve a preferencial classe A em alta de 8,29 por cento, abandonando fraqueza inicial, em meio a fluxo de estrangeiro e redução de posições vendidas. O BofA ML elevou recomendação da ações para "compra", com preço-alvo de 21 reais.

- USIMINAS também reverteu perdas e teve alta de 3,98 por cento, acompanhando o tom positivo no setor. Também no radar estiveram notícias de que as sócias da maior produtora de aços planos do país, Nippon Steel e a Techint, já discutem divisão das plantas da empresa.

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em alta de 0,39 por cento, na esteira da melhora do petróleo. O noticiário da estatal incluiu proposta da PetroRio para compra de um campo de petróleo e corte na recomendação pelo Deutsche Bank.

- CYRELA BRAZIL REALTY caiu 4,25 por cento, após queda anual de 35 por cento no lucro do quarto trimestre, que ficou abaixo do esperado, enquanto afirmou que irá manter sua estratégia de venda de estoques e geração de caixa em 2016, além da seletividade nos lançamentos.

- BRASKEM perdeu 5,52 por cento, novamente na ponta negativa do Ibovespa, ainda afetada pelas últimas notícias envolvendo sua controladora, a Odebrecht, optou "por uma colaboração definitiva com as investigações da operação Lava Jato", bem como disse estar negociando acordo de leniência.

- OI subiu 2,75 por cento, em meio à repercussão do resultado trimestral, com prejuízo de 4,55 bilhões de reais, e de notícia que donos de bônus da operadora de telecomunicações contrataram o banco de investimentos Moelis para discutir reestruturação de dívida.

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