São Paulo - O principal índice da Bovespa operava sem rumo na manhã desta terça-feira, com investidores avaliando resultados corporativos domésticos enquanto aguardavam desdobramentos de eventos programados para ocorrer mais tarde esta semana.

Às 11h30, o Ibovespa tinha variação de negativa de 0,24 por cento, a 49.095 pontos, devolvendo ganhos após ter subido quase 1 por cento mais cedo. O giro financeiro era de 1,28 bilhão de reais.

Investidores foram animados no início da sessão pelos resultados dos bancos Itaú Unibanco e Santander , anunciados antes da abertura dos negócios.

O Itaú divulgou alta de 8,4 por cento em seu lucro líquido no segundo trimestre na comparação anual, enquanto o Santander afirmou que sua carteira de crédito cresceu 9 por cento e registrou um lucro recorrente de 1,41 bilhão de reais, acima do esperado apesar da queda de 4,3 por cento na comparação anual.

O mercado, no entanto, mantinha a cautela que caracterizou o pregão de segunda-feira, em antecipação ao comunicado do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, e ao dado preliminar do PIB norte-americano, a serem divulgados na quarta-feira.

Para a sexta-feira, estava programada a divulgação de dados relativos ao mercado de trabalho dos EUA.

"Se o Fed falar algo que o mercado traduza como uma coisa boa, realmente a bolsa anda. Agora, está sem rumo, tateando uma melhora. Sobe para os 49 mil pontos, não aguenta e volta para os 48 mil", afirmou o gestor Flávio Barros, da Grau Gestão de Ativos.

Também são aguardados comentários sobre a política monetária do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra, na quinta-feira.

O compasso de espera de investidores se refletia em um volume fraco nos últimos pregões. Na segunda-feira, o giro financeiro foi de 4,39 bilhões de reais, bastante abaixo da média diária de 2013.

No fim desta manhã, pressionavam o Ibovespa para baixo principalmente os papéis das empresas Petrobras e Usiminas.

Souza Cruz também era destaque de queda, após a fabricante de cigarros divulgar alta de 9,28 por cento no lucro líquido no segundo trimestre na comparação anual, mas redução de 15 por cento do volume de vendas no período. Os destaques de alta ficavam com as ações do Itaú Unibanco e da Itaúsa, holding que controla a instituição financeira, na esteira dos resultados positivos do segundo trimestre.