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Ibovespa opera em baixa, Petrobras e elétricas anulam bancos

Índice oscilou entre os campos positivo e negativo no início dos negócios, com a queda das ações da Petrobras e de empresas de energia elétrica


	Operadores na Bovespa: às 11h38, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,68 por cento, a 57.305 pontos
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: às 11h38, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,68 por cento, a 57.305 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 12h15.

São paulo - O principal índice da Bovespa operava em baixa na manhã desta terça-feira, após ter oscilado entre os campos positivo e negativo no início dos negócios, com a queda das ações da Petrobras e de empresas de energia elétrica anulando a alta da Vale e do papel do Itaú Unibanco.

Às 11h38, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,68 por cento, a 57.305 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,7 bilhão de reais.

O índice abriu em leve baixa, com foco no cenário externo em meio à ameaça de mais sanções contra à Rússia e avaliando um rali no mercado acionário da China, mas passou a operar em alta após dados de crédito no Brasil, recuando novamente sob o peso das ações da Petrobras .

"A inadimplência melhorou e os bancos deram uma puxada", explicou o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo dos Santos. A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres ficou em 4,8 por cento em junho, menor em relação aos 5 por cento de maio, informou o Banco Central, com o estoque total de crédito subindo 0,9 por cento em junho ante maio, chegando a 2,830 trilhões de reais. "Não foi um negócio absurdo, mas deu uma melhorada", ressaltou Santos.

Entre os quatro maiores bancos listados na bolsa, apenas o Banco do Brasil operava em baixa.

Além da queda das ações da Petrobras, as de empresas de energia elétrica recuavam forte, com destaque para Cemig e Eletropaulo, após a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidir adiar até 28 de agosto o prazo para liquidação das despesas das distribuidoras com as operações de maio do mercado de energia de curto prazo, que não estão cobertas pela tarifa. Com o novo prazo, o governo ganha mais tempo para negociar com um pool de bancos, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um empréstimo de cerca de 6,5 bilhões de reais para cobrir os custos adicionais das distribuidoras até o fim do ano. Segundo um operador, o adiamento pesa nas ações do setor pois sinaliza dificuldade do governo em negociar o novo empréstimo com bancos.

Os papéis da Vale anulavam os ganhos registrados mais cedo, permitindo com que o índice se firmasse em baixa.

Outra influência negativa vinha das ações da Gol, que recuavam forte após subirem mais de 5 por cento na véspera, e seguindo também um corte na recomendação para os papéis pela Raymond James.

Na ponta positiva, além de bancos, destacava-se a Oi , que operava em alta após seguidos pregões em baixa e seguindo a notícia de que as ações da operadora que serão entregues pela Portugal Telecom para salvar a fusão das duas empresas não precisarão ser mantidas em tesouraria.

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