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Bovespa cai por Petrobras e à espera de PIB dos EUA

Mercado aproveitou a véspera de divulgações importantes nos Estados Unidos para realizar lucros


	Bovespa: índice da bolsa caiu 1 por cento, a 57.118 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: índice da bolsa caiu 1 por cento, a 57.118 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 17h54.

São Paulo - O principal índice da Bovespa encerrou o pregão desta terça-feira em baixa, pressionado pelas ações da Petrobras e em um dia de ajuste após a forte alta acumulada de julho.

Investidores também evitaram fazer apostas antes de eventos importantes nos Estados Unidos que podem dar sinais para onde a política monetária da maior economia do mundo vai caminhar.

O Ibovespa caiu 1 por cento, a 57.118 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,53 bilhões de reais.

"(O índice) já vinha com tendência de alta, e é normal depois de um período desses ter uma correção, puxada por Petrobras, que também subiu muito", explicou o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos.

"Amanhã tem PIB dos EUA e reunião do Fed, e (o mercado) entra em uma situação de incerteza porque não sabe qual posição o Fed vai tomar", acrescentou.

Na quarta-feira, será divulgado o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano no segundo trimestre e a decisão de política monetária do Federal Reserve, banco central do país.

Além das ações da Petrobras, ajudaram a manter o Ibovespa em baixa nesta terça-feira papéis do setor elétrico, com destaque para Cemig e Eletropaulo, após a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiar até 28 de agosto a liquidação das operações de maio do mercado de energia de curto prazo.

Com o novo prazo, o governo ganha mais tempo para negociar com um grupo de bancos, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um empréstimo de cerca de 6,5 bilhões de reais para cobrir os custos adicionais das distribuidoras até o fim do ano.

Segundo um operador, o adiamento pesa nas ações do setor ao sinalizar dificuldade do governo em negociar o novo empréstimo com bancos.

Na outra ponta, as principais influências positivas vieram de Itaú Unibanco e Bradesco, que fecharam em leve alta após subirem mais de 2 por cento.

Mais cedo dados de crédito no Brasil mostraram recuo na inadimplência entre maio e junho, de 5 para 4,8 por cento, além de um aumento de 0,9 por cento no estoque total de crédito.

Entre os quatro maiores bancos listados na bolsa, apenas Banco do Brasil encerrou o pregão em baixa.

Também na ponta positiva, destaque para a Oi, que fechou entre as maiores altas do Ibovespa, após seguidos pregões em baixa.

Os papéis da empresa avançaram com anúncio de que as ações da operadora que serão entregues pela Portugal Telecom para salvar a fusão das duas empresas não precisarão ser mantidas em tesouraria.

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