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Ibovespa fecha em alta de mais de 2,5% e fica azul em 2014

Alta foi atribuída à entrada de investidores estrangeiros e à expectativa com pesquisa eleitoral a ser divulgada no sábado


	Telão da Bovespa: índice avançou 2,85 por cento, a 51.701 pontos, maior nível desde 29 de novembro de 2013
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Telão da Bovespa: índice avançou 2,85 por cento, a 51.701 pontos, maior nível desde 29 de novembro de 2013 (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 18h25.

São Paulo - O principal índice da Bovespa subiu quase 3 por cento e anulou as perdas acumuladas em 2014 nesta quarta-feira, em movimento atribuído por especialistas à entrada de investidores estrangeiros e à reversão de apostas na queda do mercado. Expectativa sobre pesquisa eleitoral que será divulgada no fim da semana também contribuiu para a alta do índice.

O Ibovespa avançou 2,85 por cento, a 51.701 pontos, maior nível desde 29 de novembro de 2013. O giro financeiro do pregão foi de 9,99 bilhões de reais.

O índice, que chegou a acumular queda de 12,7 por cento até meados de março, engrenou um movimento de alta nas últimas semanas e nessa sessão passou a acumular alta de 0,38 por cento no ano. Apenas 6 dos 73 ativos do Ibovespa recuaram nesta sessão. Operadores citaram expectativas do mercado sobre o resultado de pesquisa eleitoral do Datafolha no sábado, o que teria ajudado a alimentar a alta de ações de estatais como Petrobras e Eletrobras, mas papéis que costumam ser menos influenciados por expectativas eleitorais como Vale e Itaú Unibanco também subiram forte.

"Houve entrada de recursos e os preços estavam aviltados, então o mercado acabou mudando de patamar de preços. Como a bolsa andou, investidores também acabam zerando posições vendidas", afirmou o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos. Santos acrescentou que o bom desempenho das carteiras de fundos de investimento em março atraiu mais compradores e deu força ao mercado, contribuindo para elevar o volume financeiro negociado.

Nos últimos pregões, a atividade de estrangeiros vem sendo citada como um dos principais catalisadores da alta da bolsa. O dado mais recente da BM&FBovespa mostra que os estrangeiros investiram 2,9 bilhões de reais na Bovespa em março.

"Diminuiu o pessimismo com o Brasil e, em função dos problemas da Rússia, uma parte do fluxo (estrangeiro) vem pra cá. O mercado se recuperou todos esses dias, mas ainda esta longe de se ajustar com o quanto o (mercado acionário) de fora andou", disse o operador Pedro Arantes, da corretora BGC Liquidez.

As ações preferenciais da operadora Oi tiveram a maior alta do dia, de 6,94 por cento. O grupo de telecomunicações aprovou a emissão até 5,75 bilhões de ações para o lote inicial de uma oferta primária que deve ser lançada na quinta-feira. Incluindo lotes suplementar e adicional, a operação pode movimentar até 22,75 bilhões de reais, considerando o preço de fechamento das ações na terça-feira, bem acima dos 14 bilhões de reais previstos pela companhia.

Segundo o analista da Banrisul Corretora Fábio Gonçalves, se o aumento de capital for maior que o esperado, a operação tende a diluir ainda mais o capital de acionistas, o que é negativo.

Mas, de acordo com ele, a ação da empresa subiu nesta sessão em função de ajustes e da alta volatilidade nos últimos dias, podendo haver reversão de tendência nos próximos pregões.

Texto atualizado às 18h20min do mesmo dia, para adicionar informações do fechamento do mercado.

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