Mercados

Bovespa fecha em leve alta, mas sem força para acompanhar NY

Ibovespa teve variação positiva de 0,18 por cento, a 51.716 pontos, com giro financeiro de R$ 6,1 bilhões


	Operador na Bovespa: especialistas esperavam que a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve trouxesse alguma força ao mercado
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Operador na Bovespa: especialistas esperavam que a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve trouxesse alguma força ao mercado (Marcos Issa/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 17h53.

São Paulo - O principal índice da Bovespa encerrou esta quarta-feira com leve alta, mas sem força para acompanhar os ganhos mais acentuados das bolsas norte-americanas depois de um forte avanço no início da semana.

O Ibovespa teve variação positiva de 0,18 por cento, a 51.716 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,1 bilhões de reais. Em um dia em que o Dow Jones avançou 0,65 por cento e o Standard & Poor's 500 subiu 0,81 por cento, o índice teve ganhos mais sutis, após ter registrado sua maior alta em mais de um ano na segunda-feira em reação a dados robustos sobre a atividade industrial da China e da Europa.

"Estamos nos arrastando numa semana que começou com novidades importantes e hoje há pouca coisa, o que explica um pouco essa amarração", afirmou o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil.

Especialistas esperavam que a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, banco central norte-americano, trouxesse alguma força ao mercado, mas o documento acabou reforçando a visão já predominante de que a instituição deve reduzir ainda neste mês seu programa de estímulos. No pano de fundo, um sentimento de incerteza permanecia nas praças financeiras globais, em meio à possível ação militar contra a Síria, que desestimulava compras. "Ninguém quer tomar uma posição arriscada, com medo de que a situação na Síria fique mais séria", afirmou o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria.

Nesta sessão, o papel ordinário da Petrobras foi a maior influência positiva sobre o índice, mas o destaque percentual de alta ficou com a Eletropaulo, que subiu 3,58 por cento. Segundo o estrategista Luis Gustavo Pereira, da Futura Corretora, o papel da companhia do setor elétrico pode ter sido afetado por um movimento de "short squeeze" (cobertura de posições vendidas). Avançaram ainda as ações da companhia de telefonia Tim Participações, em meio a especulações sobre uma venda de participação acionária de sua controladora Telecom Itália. No outro sentido, a ação da petroleira OGX foi a maior influência negativa sobre o Ibovespa, seguida pelo papel da PDG Realty.

Fora do Ibovespa, HRT se destacou com alta de 8,3 por cento, após a companhia de petróleo e gás ter afirmado que fechou a venda da sua divisão de logística aérea e parte de sua frota de helicópteros para a Erickson Air-Crane, num negócio que pode atingir até 40 milhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

BRF compra planta de processados na China por R$ 460 milhões para expandir atuação na Ásia

A estratégia do C6 Bank para crescer com IA generativa

JP Morgan diz que pacote fiscal 'não recuperou credibilidade' e projeta Selic a 14,25%

Dólar hoje: fechou em alta nesta quinta-feira, 28