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‘Índice do medo’ de emergentes dispara com turbulência global

Clima de aversão a risco ganha força com crise no Credit Suisse após falência do Silicon Valley Bank

Temor de crise generalizada no sistema bancário derruba bolsas emergentes (Getty Images/Reprodução)

Temor de crise generalizada no sistema bancário derruba bolsas emergentes (Getty Images/Reprodução)

Bloomberg
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Agência de notícias

Publicado em 15 de março de 2023 às 17h24.

A crescente volatilidade nos mercados financeiros globais provocou ondas de choque nos países emergentes, já que os investidores correm para ativos considerados menos arriscados em meio a uma nova turbulência no Credit Suisse.

Um índice de moedas dos países em desenvolvimento cai pela segunda sessão na quarta-feira, 15, com o forint húngaro e a coroa tcheca na liderança das perdas, com queda de pelo menos 2,9% cada. As ações de mercados emergentes operam no nível intradiário mais baixo desde dezembro, com a bolsa sul-africana na maior sequência de perdas em cinco anos.

O índice CBOE Emerging-Market ETF Volatility, o equivalente do VIX para ações de países em desenvolvimento, saltou 15,5 pontos percentuais na abertura, seu maior salto em uma sessão desde janeiro de 2022.

Credit Suisse é causa da volatilidade

O mau humor ocorre após a turbulência no Credit Suisse que se seguiu ao colapso de alguns bancos regionais americanos, deixando os investidores preocupados com possíveis reações em cadeia. Os rendimentos da dívida de governos despencaram globalmente, pois operadores abandonaram as apostas em aumentos adicionais de juros e começaram a precificar cortes do Federal Reserve e de outros grandes bancos centrais.

“Estamos entrando em território desconhecido” em meio a temores bancários, preocupações com recessão e fatores técnicos em meio a ordens de stop loss e choques de VAR, disse Hari Hariharan, CEO da NWI Management, com sede em Nova York. “Apertem os cintos e rezem.”

A Barings ficou cautelosa em relação à dívida de mercados emergentes, dizendo que o caso Silicon Valley Bank, dos EUA, e o estresse no Credit Suisse trazem o risco de uma reação em cadeia à medida que as empresas lutam para obter acesso a financiamento.

Na América Latina, os pesos chileno, colombiano e mexicano caíram pelo menos 1,9% em relação ao dólar. As ações de bancos lideraram as perdas na bolsa mexicana, enquanto o índice Ibovespa foi derrubado por empresas relacionadas a commodities. O petróleo caiu mais de 5,5%, enquanto o cobre cedeu 1,1%.

“Para os emergentes, isso mais uma vez deixa o mercado em risco de ser atingido por riscos fora do controle dos formuladores de políticas locais”, disse Robert Hoodless, estrategista de câmbio da InTouch Capital Markets em Londres. “Por enquanto, o mercado permanece no olho do furacão.”

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