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Ibovespa cai forte e opera no nível mais baixo desde 2011

O principal índice brasileiro de ações aprofundou as perdas na tarde desta quarta-feira, chegando a cair 2 % e operando no menor nível desde agosto de 2011


	Às 16h30, o Ibovespa caía 1,67 %, a 48.939 pontos --no menor patamar intradiário desde 9 de agosto de 2011
 (Gustavo Kahil/EXAME.com)

Às 16h30, o Ibovespa caía 1,67 %, a 48.939 pontos --no menor patamar intradiário desde 9 de agosto de 2011 (Gustavo Kahil/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 18h38.

São Paulo - O principal índice brasileiro de ações aprofundou as perdas na tarde desta quarta-feira, chegando a cair 2 % e operando no menor nível desde agosto de 2011, pressionado pelo mau humor externo e preocupações com a saúde da economia doméstica.

Às 16h30, o Ibovespa caía 1,67 %, a 48.939 pontos --no menor patamar intradiário desde 9 de agosto de 2011.

O giro financeiro do pregão era de 6,96 bilhões de reais. Na mínima, o índice chegou a cair 2,06 %.

Com isso, o Ibovespa perdia mais um suporte técnico, nos 49.400 pontos, sendo o próximo ponto de apoio nos 47.800 pontos, segundo relatório do BB Investimentos. "Os investidores ficaram acostumados com o quadro de excesso de liquidez global e agora o clima é de pânico, por causa da possibilidade de que os bancos centrais comecem a diminuir os estímulos", disse o operador Luiz Roberto Monteiro, da Renascença Corretora em São Paulo.

"Mas além do exterior ruim, a Bovespa cai mais do que os outros mercados porque temos o agravante que é a intervenção do governo na economia", acrescentou Monteiro. O referencial norte-americano S&P 500 caía 0,85 % no mesmo horário.

Nesta sessão, os agentes operavam sob a expectativa de que o governo brasileiro anuncie em breve novas medidas para fortalecer a situação fiscal do país. Mais cedo, logo no início dos negócios, o Ibovespa chegou a subir 1,2 % na máxima, esboçando recuperação após ter acumulado baixa de quase 6 % nos três últimos pregões.

Mas o mercado não conseguiu sustentar a alta após a mudança de direção de Wall Street e migrou de vez para o campo negativo no início desta tarde. "O mercado deve continuar volátil", disse o analista William Alves, da XP Investimentos. As blue chips pesavam no índice, com destaque para a petrolífera OGX, que afundava cerca de 9 %.

A fabricante de papel para embalagens Klabin também tinha forte queda, após a companhia anunciar na noite da véspera que construirá sozinha nova fábrica no Paraná, o chamado Projeto Puma, e fará uma emissão 1,7 bilhão de reais em units para tocar o projeto.

"O projeto parece muito interessante do lado operacional, mas no curto prazo existe a pressão de aumento do endividamento, consumo de fluxo de caixa, além de uma oferta de papéis que acaba gerando diluição para os acionistas", disse Alves.


Os negócios na Bovespa também sentiam influência dos vencimentos de opções sobre Ibovespa e de índice futuro.

"Devemos ter um dos vencimentos mais ativos dos últimos anos", disse o Credit Suisse em email enviado a clientes, citando o impacto da zeragem do IOF para investimentos estrangeiros em renda fixa, o que tornou menos atrativas operações como cash and carry (compra de ações do Ibovespa casada com venda de contratos do índice no mercado futuro). 

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