O giro financeiro do pregão foi de 5,8 bilhões de reais (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 19h02.
São Paulo - Influenciada por declarações de uma autoridade do G-20 sobre a crise na zona do euro, que levaram investidores a realizar os lucros, a Bovespa fechou a segunda-feira no vermelho. O Ibovespa -principal índice da bolsa paulista- teve queda de 1,06 por cento, a 65.241 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,8 bilhões de reais.
Em Nova York, os principais índices fecharam perto da estabilidade. O Dow Jones recuou 0,01 por cento, enquanto o S&P 500 subiu 0,14 por cento, no maior nível de fechamento desde junho de 2008. "A bolsa refletiu o cenário externo mais negativo, com o encontro de ministros da Finanças do G-20 não definindo se irá aportar recursos no FMI. Isso foi recebido com pessimismo pelos investidores", afirmou o economista-sênior da CM Capital Markets, Mauricio Nakahodo.
O economista referiu-se às declarações de uma autoridade do G-20, de que o grupo vê uma decisão da zona do euro para reforçar sua barreira de proteção como "essencial" antes de um acordo para aumentar os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Também houve um movimento de correção, porque a bolsa brasileira já acumula uma alta mais forte que as outras (no acumulado do ano)", completou Nakahodo. Entre as ações do Ibovespa, as do setor de construção civil tiveram o pior desempenho.
Cyrela e PDG Realty caíram 3,22 por cento, a 17,42 reais e a 7,22 reais, respectivamente. As blue chips aumentaram a pressão no índice. A preferencial da Vale perdeu 1,09 por cento, a 42,50 reais, e a da Petrobras recuou 0,53 por cento, a 24,35 reais. A espanhola Repsol informou nesta segunda-feira que descobriu uma grande reserva de petróleo na bacia de Campos.
A estatal brasileira possui 30 por cento de participação no consórcio. Na outra ponta, Marfrig subiu 7,15 por cento, a 9,89 reais, após o anúncio de que o conselho de administração da companhia aprovou uma nova estrutura organizacional, visando maior integração do grupo. As ações da Oi também fecharam em alta, após a empresa informar que seus acionistas aprovaram a reestruturação societária que irá resultar em um menor número de classes de ações da empresa na bolsa.
A preferencial da holding subiu 0,45 por cento, enquanto a ordinária ganhou 0,69 por cento. Brasil Telecom avançou 1,19 por cento. Por outro lado, a preferencial da Telemar cedeu 2,25 por cento. (Edição de Aluísio Alves)