O Ibovespa perdeu 3,18 %, a 47.893 pontos, fechando perto da mínima intradiária, de 47.838 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 8,75 bilhões de reais (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2013 às 18h44.
São Paulo - O principal índice brasileiro de ações caiu forte nesta quarta-feira, fechando no menor patamar desde abril de 2009, após o chairman do Federal Reserve dizer que o banco central dos EUA pode começar a reduzir seu programa de estímulos no fim de 2013.
O Ibovespa perdeu 3,18 %, a 47.893 pontos, fechando perto da mínima intradiária, de 47.838 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 8,75 bilhões de reais.
Após o Fed anunciar que manterá o ritmo de compra de bônus em 85 bilhões de dólares por mês, Ben Bernanke disse que o órgão pode reduzir o programa de estímulos ainda neste ano e encerrá-lo no meio de 2014, se as projeções econômicas se confirmarem.
Segundo o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora em Curitiba, a decisão do Fed pesou no ânimo dos investidores. A perspectiva de menor liquidez global aumentaria a aversão dos investidores a mercados emergentes.
"É natural nesse cenário você ter queda mais acentuada de papéis que são considerados mais arriscados", acrescentou, fazendo referência ao tombo das ações do grupo EBX, do empresário Eike Batista.
A petrolífera OGX, a empresa de logística LLX e a mineradora MMX, todas do grupo de Eike, ficaram entre as principais quedas do Ibovespa, após os fortes ganhos da véspera.
A ação da BM&FBovespa caiu 6,95 %, diante da possibilidade de ter de enfrentar concorrência direta da Americas Trading System Brasil (ATS Brasil), que pretende criar uma bolsa de valores no país em 2014. Apenas 4 ativos do índice terminaram o pregão em alta, liderados pela fabricante de celulose Fibria, que fechou o dia com valorização de 0,67 %, enquanto a fabricante Embraer fechou estável.
As ações em Wall Street também fecharam o dia em forte baixa após as declarações de Bernanke, enquanto o dólar disparou ante o real, para o patamar de 2,22 reais pela primeira vez em mais de quatro anos e sem atuação do Banco Central.