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Índice avança acima de 55 mil pontos com eleição de Maia

A última vez que o Ibovespa superou os 55 mil pontos foi em maio de 2015, o volume financeiro no pregão era de 1 bilhão de reais


	Bovespa: às 10:10, o Ibovespa subia 1,08 por cento, a 55.189,83 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: às 10:10, o Ibovespa subia 1,08 por cento, a 55.189,83 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2016 às 10h47.

São Paulo - O principal índice da Bovespa engatava a sétima alta seguida nesta quinta-feira, superando os 55 mil pontos pela primeira vez em mais de um ano, diante do cenário externo benigno e repercussão favorável à eleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados.

Às 10:36, o Ibovespa subia 1,26 por cento, a 55.287,15 pontos, com bancos entre as maiores contribuições positivas. A última vez que o Ibovespa superou os 55 mil pontos foi em maio de 2015. O volume financeiro no pregão era de 1 bilhão de reais.

Se o Ibovespa fechar em alta nesta quinta-feira, será a maior sequência de ganhos desde outubro de 2015.

No exterior, o banco central britânico manteve a taxa de juros em 0,5 por cento, surpreendendo investidores que esperavam corte, mas disse que deve adotar algum estímulo em três semanas e, assim, apenas reduziu os ganhos nos pregões europeus.

Em Wall Street, resultados corporativos como os do JPMorgan favoreciam uma abertura positiva dos negócios.

As commodities também experimentavam uma sessão de ganhos, guiadas pela recuperação dos preços do petróleo após perdas na véspera, embora o minério de ferro à vista na China <.IO62-CNI=SI> tenha apresentado queda.

Do noticiário local, o Credit Suisse citou em nota a clientes que a grande novidade da madrugada foi a vitória do deputado Rodrigo Maia para a presidência da Câmara, após derrotar Rogério Rosso (PSD-DF) no segundo turno.

"O mercado pode interpretar que os dois eram aliados do governo e podem facilitar as aprovações necessárias (de medidas do governo) no segundo semestre", afirmou.

Destaques

- BRADESCO e ITAÚ UNIBANCO avançavam 3 por cento e 2,8 por cento, respectivamente, beneficiados pela melhora na recomendação de ambos pelos analistas do Credit Suisse, que elevaram Bradesco para "outperform" e Itaú para "neutro", segundo amplo relatório do setor. Também no radar estava aprovação pelo Senado da medida provisória 719/16 que permite ao trabalhadores do setor privado o uso de parte do FGTS além da multa rescisória como garantia de crédito consignado.

- BM&FBOVESPA ganhava 2,6 por cento, reforçando os ganhos no pregão local. O Bradesco BBI elevou nesta semana a recomendação das ações para "outperfom", citando que a empresa deve ser a principal beneficiária de uma potencial recuperação da atividade no mercado de capitais brasileiro, com o segmento de derivativos sendo a "cereja do bolo" após a integração das clearings, aguardada para o final do ano.

- PETROBRAS tinha as preferenciais em alta de 2,2 por cento e as ordinárias subindo 1,7 por cento, acompanhando a recuperação do petróleo. Analistas também repercutiam reportagem na Folha de S.Paulo de que o governo prepara pacote de mudanças em regras do setor de petróleo, com impacto na rodada de licitação de novos campos de exploração em 2017.

- VALE mostrava as preferenciais com oscilação positiva de 0,07 por cento e as ordinárias em queda de 1,5 por cento, em meio ao recuo nos preços do minério.

- USIMINAS subia 2,3 por cento, com siderúrgicas também beneficiadas pelo cenário positvo. Ainda, a empresa está negociando com bancos prorrogar um acordo de 120 dias que vence este mês e que suspendeu obrigações financeiras da empresa, disseram à Reuters quatro fontes com conhecimento do assunto. No setor, CSN valorizava-se 2,9 por cento.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE e FIBRIA eram destaque na ponta negativa, com quedas de 1,4 e 1,15 por cento, respectivamente, diante do recuo do dólar ante o real e cenário mais desafiador para o segmento de celulose.

Texto atualizado às 10h46

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