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Ibovespa amplia queda a 2% com mudança no IOF

O principal índice acionário da Bovespa acelerou a queda para cerca de 2 % na tarde desta quarta-feira, rondando o patamar dos 52 mil pontos,


	Às 16h25, o Ibovespa perdia 2,12 %, a 52.875 pontos. O giro financeiro do pregão era de 6,2 bilhões de reais
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Às 16h25, o Ibovespa perdia 2,12 %, a 52.875 pontos. O giro financeiro do pregão era de 6,2 bilhões de reais (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 17h00.

São Paulo- O principal índice acionário da Bovespa acelerou a queda para cerca de 2 % na tarde desta quarta-feira, rondando o patamar dos 52 mil pontos, diante do pessimismo externo e da decisão do governo brasileiro de zerar a alíquota do IOF para investimentos estrangeiros em renda fixa.

Às 16h25, o Ibovespa perdia 2,12 %, a 52.875 pontos. O giro financeiro do pregão era de 6,2 bilhões de reais.

O ambiente externo de aversão ao risco contribuía para a piora da Bovespa nesta tarde, diante das incertezas sobre o futuro dos estímulos monetários nos Estados Unidos e a decepção com os esforços do Japão para impulsionar o crescimento.

Também pesava sobre o mercado a decisão do governo federal de cortar de 6 % para zero o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre recursos estrangeiros destinados para a renda fixa.

"Quando existe intervenção do governo no mercado financeiro, quer dizer que as coisas não vão muito bem", disse o analista-chefe da Magliano Corretora, Henrique Kleine, citando que a medida trouxe certo desconforto entre investidores.

A decisão deve motivar alguma migração de recursos da Bovespa para a renda fixa, que também se beneficia da alta dos juros --o mercado espera que a Selic, hoje em 8 %, termine 2013 em 8,5 % ao ano. Além de contribuir para o mau humor na Bovespa, a mudança no IOF também impunha volatilidade aos mercados de câmbio e de juros futuros.

"Muito mais do que a medida em si, é a comunicação do governo que atrapalha", disse o sócio-sênior da Humaitá Investimentos, Guido Chagas.

"Você acredita em quê? No que ele (governo) está fazendo ou no que ele está falando? As sinalizações são contraditórias", avaliou. "Isso só aumenta a incerteza com o Brasil e afugenta o investidor de longo prazo." Em maio, investidores estrangeiros retiraram pouco mais de 1 bilhão de reais da Bovespa, em meio às preocupações com as perspectivas para a economia brasileira. 

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