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Índice alemão e Janet Yellen embalam bolsas da Europa

Mercado começou dia com repercussão dos níveis recordes registrados na véspera em Wall Street após a aprovação do nome de Janet Yellen para a presidência do Fed


	Bolsa alemã DAX: no noticiário europeu, as bolsas repercutiram a melhora no índice Ifo de sentimento de empresas da Alemanha, que superou as expectativas
 (Hannelore Foerster/Bloomberg)

Bolsa alemã DAX: no noticiário europeu, as bolsas repercutiram a melhora no índice Ifo de sentimento de empresas da Alemanha, que superou as expectativas (Hannelore Foerster/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2013 às 16h09.

São Paulo - A última sessão da semana terminou com um tom menos pessimista entre os investidores da Europa e a maioria das bolsas fechou em alta nesta sexta-feira, 22.

O mercado começou o dia com a repercussão dos níveis recordes registrados na véspera em Wall Street após a aprovação do nome de Janet Yellen para a presidência do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pelo Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos.

No noticiário europeu, as bolsas repercutiram a melhora no índice Ifo de sentimento de empresas da Alemanha, que superou as expectativas. Após a divulgação do Ifo, um dos principais termômetros de confiança dos investidores, o Europe Stoxx 50 Volatility Index, caiu 2,7%, para 14,68 pontos, atingindo níveis que não eram vistos desde o começo de 2007. O índice Europe Stoxx 600 encerrou com alta de 0,1%, aos 322,77 pontos.

O Comitê Bancário do Senado dos EUA aprovou a indicação de Janet Yellen para a presidência do Fed ontem, na reta final da sessão europeia, por 14 votos a favor e oito contra.

Agora, a indicação passa a tramitar no plenário da casa. Não há data para a votação, mas o tema pode ser apreciado somente no início de dezembro, no retorno do recesso do feriado do Dia de Ação de Graças. A notícia ajudou a impulsionar os mercados em Wall Street e influenciou a abertura dos principais mercados europeus nesta sexta-feira.

Além do avanço do nome de Yellen no Senado, o mercado repercutiu os bons dados da Alemanha. O índice de sentimento das empresas subiu para 109,3 em novembro, de 107,4 em outubro, segundo o instituto Ifo. O resultado superou a previsão dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que era de avanço para 107,7. As bolsas, que já operavam em terreno positivo, ampliaram os ganhos no restante da sessão.


A Alemanha também anunciou um crescimento ajustado de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Na comparação anual, o PIB cresceu 0,6%. O resultado veio em linha com a primeira estimativa divulgada na semana passada, e também com as expectativas de mercado.

O mercado também parece estar em um processo de correção de preços após a reação demasiadamente negativa à ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), divulgada na quarta-feira.

"Os mercados parecem ter percebido que eles podem ter reagido um pouco exageradamente no que diz respeito à perspectiva de início da retirada de estímulos nos EUA em dezembro", diz o analista da corretora CMC Markets, Michael Hewson.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, também discursou hoje no Congresso Bancário Europeu, em Frankfurt, mas não mexeu com os mercados. Draghi disse que a situação na zona do euro melhorou muito ao longo do último ano, mas ressaltou que o bloco ainda enfrenta desafios consideráveis.

Draghi defendeu que os países-membros da área do euro não se limitem apenas a perspectivas nacionais, mas que busquem o "interesse em comum".

Por outro lado, Draghi disse que quaisquer efeitos negativos das taxas de juros baixas devem ser tratados em cada país, com ferramentas macroprudenciais e de governança. "É importante entender que as taxas de juros estão baixas porque a economia está fraca."

As bolsas de Londres e de Milão foram as únicas que fecharam em terrenos negativo na sessão de hoje. O índice FTSE teve queda de 0,11%, aos 6.674,30 pontos, seguindo a tendência de recuo ao longo da semana, que terminou com perda de 0,29%.

O setor de mineração pressionou o mercado do país, após o subíndice de mineração do Reino Unido cair 1,9% no mês de outubro. As ações da Anglo American perderam 0,32%, as da BHP Billiton recuaram 1,75% e os papéis da Rio Tinto tiveram queda de 1,6%.

Na Itália, o índice FTSEMIB, fechou em queda de 0,10%, aos 18.822,31 pontos. Na semana, entretanto, a bolsa de Milão terminou com alta de 0,72% - a maior da região. "Nesta tarde não tínhamos nenhum indicador de relevância particular. Não havia nada de importante e isso pesou no mercado italiano", disse um trader.


As ações do Unicredit ganharam 0,5%, enquanto os papéis do Intesa Sanpaolo terminaram o pregão com queda de 0,7%. As ações da Fiat subiram 1,4% após as notícias positivas de que a Chrysler, unidade da montadora italiana nos EUA, está se preparando para um IPO.

O índice CAC40, da Bolsa de Paris, encerrou com alta de 0,6%, aos 4.278,53 pontos, com os investidores absorvendo o otimismo com a economia da Alemanha e a aprovação de Yellen no Senado dos EUA. Na semana, entretanto, a queda foi de 0,32%.

Entre as ações, a Schneider Eletric foi o maior destaque da sessão, com alta de 2,5%. A Pernord Ricard seguiu a tendência e subiu 1,6%, acompanhada pela Orange, que ganhou 1,1%, após anunciar uma possível venda de unidade na República Dominicana.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX subiu 0,25%, aos 9.219 pontos, após a divulgação do Ifo e do PIB do terceiro trimestre. Na semana, os ganhos somaram 0,55%.

No mercado corporativo, as ações da RWE subiram 1,4% e as do Deutsche Bank ganharam 1,1%. A Lanxess foi no caminho contrário e os papéis terminaram com perdas de 2,6%. Em Madri, o IBEX35 encerrou em alta de 0,81%, aos 9.677,40 pontos, com queda semanal de 0,19%. O índice PSI20, de Lisboa, ganhou 0,44%, aos 6.350,31 pontos. Na semana, a alta foi de 0,48%.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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