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Indefinição da Petrobras reduz giro de negócios na Bolsa

Em julho, as ações preferenciais da empresa apresentaram uma queda na média diária de negócios de 35%, em comparação com o mês anterior

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DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - A indefinição do processo de capitalização da Petrobras está afetando o volume de negócios da BM&FBovespa e pode influenciar também o balanço da Bolsa do terceiro trimestre. Em julho, a média diária de negócios com ações na Bolsa caiu para R$ 5,4 bilhões, ante R$ 6,7 bilhões no segundo trimestre. O presidente da Bolsa, Edemir Pinto, atribui parte dessa redução à queda do volume de negócios com ações da estatal de petróleo. "É um volume abaixo da média histórica da empresa", disse hoje em teleconferência com jornalistas.

Em julho, a ação preferencial (PN) da Petrobras teve média diária de negócios de R$ 323 milhões, queda de 35% ante junho e de 38% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados da Economatica. Os investidores estão esperando a definição do processo de capitalização para voltarem a apostar na empresa. "Será o maior processo de capitalização do mundo", diz Edemir. Se ela sair, pode trazer novos investidores pessoas físicas e aumentar o volume de transações na Bolsa.

A indefinição do processo de capitalização, além de reduzir o volume de negócios com ações da Petrobras, atrapalha o plano de outras empresas que querem lançar ações. "Muitas empresas estão esperando a venda de ações ocorrer para vir a mercado", diz o presidente da BM&FBovespa. A avaliação é que é difícil lançar ações agora e atrair o investidor estrangeiro, que está mais interessado nos papéis da Petrobras.

No segundo trimestre, o lucro líquido da BM&FBovespa cresceu 62,5%, para R$ 305,7 milhões. Os ganhos maiores vieram do aumento de negócios, tanto de derivativos quanto de ações. A receita da Bolsa atingiu R$ 473,6 milhões, 25,2% maior que a do mesmo período do ano passado. No período, os volumes na BM&F aumentaram 54,2%, um recorde; na Bovespa, registraram aumento de 28,2%.

Os analistas destacam que outros fatores também estão contribuindo para a queda do volume da Bolsa brasileira, como as férias de verão no Hemisfério Norte e maior aversão ao risco na Europa e nos Estados Unidos.

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