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Inadimplência deve ficar menor até o fim do ano, afirma CEO do Banco PAN

Banco quer acelerar concessão de crédito para veículos e consignado, mas seguirá conservador com cartão de crédito

PAN: Cadu, CEO do banco, quer acelerar financiamento de veículos (Banco Pan/Divulgação)

PAN: Cadu, CEO do banco, quer acelerar financiamento de veículos (Banco Pan/Divulgação)

O índice de inadimplência em 7,1% no quarto trimestre não era o esperado pela direção do Banco PAN, controlado pelo BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME), mas a perspectiva dos executivos é de que volte ao fim do ano ao mesmo patamar do terceiro trimestre de 2022, a 6,8%.

  • Banco PAN (BPAN4): -1,91% 

Embora a Selic se mantenha no patamar elevado de 13,75%, o presidente do banco, Carlos Eduardo Guimarães, argumenta que o mais importante é que a curva de juros futuros começa a dar sinais de queda. O banco também adotou uma postura mais conservadora na concessão de crédito, especialmente se observadas as modalidades de cartão de crédito e empréstimo pessoal.

A carteira de cartões de crédito se manteve estável em R$ 3,6 bilhões se comparado ao mesmo período de 2021. Em números de novos cartões emitidos foram137 mil, uma queda de 21% frente aos 173 mil terceiro trimestre.

Nos empréstimos pessoais, a carteira do banco atingiu um saldo de R$ 429 milhões, comparado a R$ 512 milhões do terceiro trimestre e R$ 470 milhões do quarto trimestre.

Pé no acelerador

No entanto, o banco vê duas modalidades como canais de crescimento: consignado e FGTS, cujo risco de crédito é muito baixo, e financiamento para veículos.

No caso da segunda modalidade, o CEO diz que o risco de crédito existe, mas é mais colateral. Isso porque é possível repassar o custo da inadimplência para o cliente.

A carteira de crédito de veículos responde por 43% da carteira total do Banco PAN e terminou o quarto trimestre  com saldo de R$ 16,7 bilhões, 12% a mais do que um ano antes.

Americanas

O Banco PAN não tem exposição corporativa à Americanas, pois não concede crédito a empresas, e sua exposição por meio da Mosaico, dona dos sites Zoom e Buscapé, é bastante baixa. No entanto, Guimarães afirma que situações como a vivida pela varejista "traz ruído para o mercado".

"Mais incerteza no mercado nunca é bom", afirmou citando também as empresas Light e Oi, que anunciaram situação financeira delicada. Apesar de considerar o impacto indireto, o executivo reconhece que pode haver encarecimento para captar recursos.

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