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Imposto global, China desacelera, GOL e Smiles e o que mais move o mercado

Conversas sobre tributo mínimo sobre multinacionais ganha força após encontro do G7

Representantes do Reino Unido, EUA, FMI, e Canadá conversam antes da cúpula dos líderes do G7, no Lancaster House, em Londres. Foto: Stefan RousseauReuters (Stefan Rousseau/Reuters)

Representantes do Reino Unido, EUA, FMI, e Canadá conversam antes da cúpula dos líderes do G7, no Lancaster House, em Londres. Foto: Stefan RousseauReuters (Stefan Rousseau/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 7 de junho de 2021 às 07h09.

Última atualização em 7 de junho de 2021 às 07h42.

As principais bolsas internacionais operam sem uma direção definida nesta manhã de segunda-feira, 7, com investidores digerindo dados sobre a desaceleração da economia chinesa e os debates sobre um imposto global mínimo sobre multinacionais. Nos Estados Unidos, os índices futuros apresentam leves quedas, enquanto o dólar sobe contra moedas desenvolvidas e cai frente a emergentes. 

No fim de semana, o G7, formado pelas maiores economias do mundo - com exceção da China -, chegou a um acordo para um imposto mínimo global de 15% sobre o lucro de empresas multinacionais. A ideia é evitar a fuga de companhias para países tidos como "paraísos fiscais".

De acordo com levantamento do Financial Times, é em países como Bermuda, Ilhas Cayman e Ilhas Virgens Britânicas em que está a maior concentração de lucro contabilizado por trabalhador, com a média chegando a ultrapassar os 10 milhões de dólares por menos de 10 empregados. 

Com a mudança das regras, a expectativa é de que os governos consigam arrecadar mais dinheiro e que reduza a corrida por locais com tributos mais atrativos. Por outro lado, com maiores impostos, a tendência é que o lucro das companhias também seja afetado. 

As conversas sobre um imposto mínimo global ainda precisam passar pelo G20 e por 139 países no âmbito da OCDE. 

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China

Na China, os sinais de desaceleração econômica voltaram a aparecer, com os dados de importação e exportação, divulgados nesta madrugada, saindo abaixo das expectativas. Em maio, as exportações cresceram 27,9% na comparação anual, contra estimativas de 32,1% de alta. Já as importações aumentaram 51,1% frente ao crescimento esperado de 51,5%. 

Apesar dos dados negativos, o principal índice da bolsa de Xangai fechou em leve alta de 0,21%. Por outro lado, os dados reduziram o otimismo sobre a demanda chinesa por minério de ferro, fazendo o preço da commodity cair 4,4% na bolsa de Dalian, segundo a Reuters. 

GOL

Como resultado da reorganização societária da Smiles, a GOL (GOLL4) informou que 44% das ações da Smiles (SMLS3) serão trocadas por uma parcela em caixa de 5,11 reais e 0,6601% de ação preferencial da GOL, enquanto 66% das ações da Smiles serão trocadas por uma parcela em caixa de 18,51 reais e 0,1650% de ação da GOL. 

A GOL também informou que, como consequência da operação, irá emitir 22,4 milhões de ações preferenciais, representando 5,4% da companhia em base diluída. A companhia irá desembolsar 744 milhões de reais no fechamento da reorganização societária da Smiles. Segundo a GOL, a sinergia esperada com a reorganização deve ser de 400 milhões de reais por ano.

“Isso será alcançado, principalmente, por meio de melhorias no gerenciamento de receitas, da gestão mais dinâmica do estoque de assentos, da unificação das iniciativas de marketing, de otimização na gestão dos yields e de eficiências tributárias”, informou a GOL.

Agenda econômica

Sem grandes divulgações previstas para esta segunda, os principais dados econômicos devem ser divulgados ao longo da semana. O mais aguardado é o Índice de Preço ao Consumidor americano (CPI, na sigla em inglês), que sairá nesta quinta-feira, 10. No Brasil, o principal indicador será o IPCA de maio, que será divulgado na quarta-feira, 9. Na terça-feira, 8, terá vendas no varejo, mesmo dia em que será apresentado o PIB da Zona do Euro do primeiro trimestre.

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