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Impeachment não interfere na rolagem da dívida pública

Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, no mercado interno até observou-se uma certa volatilidade, mas nada considerado anormal


	Dívida pública: o Tesouro Nacional já tem recursos, em moeda estrangeira, suficientes para bancar 70% dos vencimentos em moeda estrangeira
 (Sérgio Moraes / Reuters/Reuters)

Dívida pública: o Tesouro Nacional já tem recursos, em moeda estrangeira, suficientes para bancar 70% dos vencimentos em moeda estrangeira (Sérgio Moraes / Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2016 às 14h34.

O atual momento político, com as discussões do impeachment no Congresso Nacional, não tem interferido nas operações realizadas com títulos públicos pelo Tesouro Nacional.

Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Leandro Secunho, no mercado interno até observou-se uma certa volatilidade, mas nada que possa ser considerado anormal.

“Qualquer tipo de incerteza traz volatilidade ao mercado. Vimos alguma, mas nada de anormal. As taxas estão muito bem comportadas. Os preços estão muito bem precificados e existe referência. Não temos observado nenhuma dificuldade nos leilões da dívida interna. Não vemos nenhum movimento relevante que dificulte a gestão da dívida.”

Quanto à dívida externa, Leandro disse que o Tesouro Nacional já tem recursos, em moeda estrangeira, suficientes para bancar 70% dos vencimentos em moeda estrangeira em 2017.

Na última operação, em março, considerada positiva, o Tesouro captou US$ 1,5 bilhão em títulos da dívida externa, com vencimento em 2026.

Foi a primeira operação do governo brasileiro depois da nota de classificação de risco do país ter sido rebaixada pelas agências Standard&Poor's, Fitch e Moody's.

Captações externas

A dinâmica do mercado externo é diferente do que é feito internamente, quando os leilões são semanais, enfatizou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional.

Nos leilões externos, o Brasil tem atuado de forma mais pontual e procurado encontrar uma referência de preços, inclusive para as empresas brasileiras que porventura necessitem de fazer captações externas.

A reabertura de venda desses títulos da dívida externa [com vencimento em 2016] dependerá das condições do mercado. Com recursos suficientes para bancar as operações externas, o Tesouro Nacional pode escolher o melhor momento para fazer as emissões.

“Pode ser que essa reabertura aconteça neste ano, no segundo semestre ou não. Mas não existe uma necessidade”, destacou.

Hoje, o Tesouro Nacional divulgou que a Dívida Pública Federal apresentou aumento de 2,38% em março na comparação com fevereiro. De um mês para o outro, subiu de R$ 2,819 trilhões para R$ 2,886 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve o estoque elevado em 2,81% ao passar de R$ 2,678 trilhões para R$ 2,753. A DPMFi é a dívida pública federal interna em circulação no mercado nacional.

Já na Dívida Pública Federal Externa (DPFe), houve redução de 5,70% em comparação ao resultado do mês anterior, chegando a R$ 133,19 bilhões, equivalentes a US$ 37,43 bilhões.

De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), o governo estima a Dívida Pública Federal, em 2016, entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões.

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