(Jacobs Stock Photography Ltd/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 28 de maio de 2021 às 07h03.
Última atualização em 28 de maio de 2021 às 07h08.
O clima de apetite por risco predomina no mercado internacional nesta manhã de sexta-feira, 26, com o otimismo sobre os sinais de recuperação da economia global se sobrepondo aos temores de um aperto monetário para conter a inflação americana.
Em meio ao tom positivo, o índice pan-europeu Stoxx 50 voltou a bater máxima histórica ainda no fim da madrugada, com dados de confiança da Zona do Euro superando as estimativas do mercado.
Nos Estados Unidos, os índices futuros seguem embalados pelos dados da véspera, quando o país registrou o menor número de pedidos de seguro desemprego desde os primeiros impactos da pandemia em seu mercado de trabalho.
Apesar do tom positivo, dados sobre a inflação americana, que serão divulgados hoje, podem reacender a preocupação dos investidores sobre uma possível redução dos estímulos monetários. Ainda antes da abertura dos pregões à vista no Brasil e nos Estados Unidos, saíra o índice americano de preços das despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês). A expectativa é de que, na comparação anual, o núcleo do PCE tenha acelerado de 1,8%, em março, para 2,9%, em abril.
No mercado de futuros americano, embora também em alta, o índice Nasdaq volta a ter pior desempenho em relação ao S&P 500 e ao Dow Jones, sinalizando alguma cautela por parte dos investidores em entrar em ações de tecnologia - tido como o setor mais afetado por potenciais medidas para controlar a inflação.
No Brasil, investidores estarão atentos à divulgação do IGP-M de maio, para o qual é esperado uma forte aceleração mensal de 1,8% para 4%. No último mês, o IGP-M acumulado em 12 meses estava em 32,02%.
Também conhecido como “inflação do aluguel” por ser historicamente usado como taxa de reajuste dos contratos, o IGP-M é majoritariamente composto pela inflação ao produtor, mais sensível à variação cambial e à valorização das commodities. Já o IPCA, que está em 6,76%, tem foco no consumidor final.
A Dotz (DOTZ3) precificou sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) a 13,20 reais por ação, levantando 390,7 milhões de reais. As ações da companhia começarão a ser negociadas na B3 na próxima segunda-feira, 31.
Segundo a Dotz, todo o valor arrecadado com a oferta será destinado a investimentos em sua plataforma digital e na ampliação da participação nos negócios de fidelização, marketplace e techfin. A empresa também avalia potenciais aquisições.
A Camil (CAML3) irá pagar 20 milhões de reais de juro sobre capital próprio (JCP), correspondendo a 0,054 real por ação. Diferentemente dos dividendos, nesse caso, o imposto de renda de 15% do valor cobrado sobre o acionista - com exceção dos que se declararem isentos da cobrança até 2 de junho.