Invest

IGP-M de junho, inflação global, PEC dos Combustíveis e o que mais move os mercados

Bolsas globais retomam tendência negativa com investidores preocupados com avanço da inflação e dos juros nas principais economias do mundo

 (Patricia Monteiro/Bloomberg via/Getty Images)

(Patricia Monteiro/Bloomberg via/Getty Images)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 29 de junho de 2022 às 07h23.

Última atualização em 29 de junho de 2022 às 10h39.

O rali de recuperação parece ter chegado ao fim nas bolsas globais, onde os principais índices voltam a cair preocupados com a escalada da inflação e possíveis aumentos de juros. 

A escalada dos preços atingiu um novo recorde na Espanha nesta manhã, onde a inflação de 12 meses subiu 10,2% em junho, no valor mais alto desde 1985. A expectativa é que o dado pressione o Banco Central Europeu a se juntar ao Federal Reserve (Fed, o banco central americano), tomando medidas mais duras para conter a inflação.

Investidores aguardam discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, e Christine Lagarde, presidente do BCE, em evento do banco europeu nesta manhã. O painel será às 10h (horário de Brasília).

Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): - 0,15%
  • S&P 500 futuro (Nova York): - 0,27%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,37%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,56%
  • DAX (Frankfurt): - 1,76%
  • CAC 40 (Paris): - 1,09%
  • Hang Seng (Hong Kong): - 1,88%
  • Shangai Composite (Xangai): - 1,40%

IGP-M de junho

A inflação também fica no radar dos investidores brasileiros com a divulgação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), conhecido como “inflação de aluguel” por ser o índice majoritariamente utilizado para reajustar os preços cobrados dos inquilinos.

A expectativa é de que o índice tenha avançado 0,70% em junho na comparação mensal, segundo mediana das estimativas coletadas em pesquisa Bloomberg. No mês passado, a alta foi de 0,52%. Já na comparação anual, a estimativa é de uma alta de 10,83%, frente a 10,72% na leitura anterior.

O resultado será divulgado pela FGV às 8h.

PEC dos Combustíveis

No campo político, o relatório oficial a PEC dos Combustíveis deve ser apresentado ao Congresso após adiamento. A proposta pode custar R$ 34,8 bilhões aos cofres públicos – fora do teto de gastos.

Entre as propostas da PEC 16/2022 estão o aumento de R$ 200 no valor do Auxílio Brasil, passando de R$ 400 para R$ 600, somada à criação de um “voucher caminhoneiro” de R$ 1.000, e de um reajuste do auxílio-gás em torno de R$ 70. Criadas a menos de 100 dias das eleições com objetivo de impulsionar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, as iniciativas durariam apenas até o final de 2022.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresFed – Federal Reserve SystemInflaçãoJuros

Mais de Invest

Bancos podem cobrar IOF retroativo? Veja o que diz a Receita Federal

ETFs de Bitcoin abrem caminho para investidores institucionais no mercado cripto

Vibra lidera baixas do Ibovespa com rumores de retorno da Petrobras ao varejo

CEOs de Wall Street alertam para impacto das tarifas na inflação e na economia dos EUA