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IGP-DI equilibra IPCA: juros ficam perto da estabilidade

As taxas até subiram inicialmente, mas os agentes reavaliaram os componentes da inflação oficial e os efeitos que a deflação dos alimentos no atacado


	A inflação medida pelo IPCA ficou em 0,55% em abril, ante 0,47% em março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
 (ALEXANDRE BATTIBUGLI / EXAME)

A inflação medida pelo IPCA ficou em 0,55% em abril, ante 0,47% em março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (ALEXANDRE BATTIBUGLI / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 17h00.

São Paulo - A surpreendente deflação do IGP-DI de abril, de 0,06%, impediu que o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,55% do mesmo mês fizesse que os juros futuros tivessem um pregão de alta.

As taxas até subiram inicialmente, mas os agentes reavaliaram os componentes da inflação oficial e os efeitos que a deflação dos alimentos no atacado, dentro do IGP-DI, poderão ter sobre os preços ao consumidor em breve, fazendo que os juros terminassem perto da estabilidade.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (65.075 contratos) marcava 7,43%, igual ao ajuste de terça-feira, 07. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (499.970 contratos) apontava 7,86%, de 7,85% no ajuste.

O juro com vencimento em janeiro de 2015 (397.875 contratos) indicava 8,19%, idêntico à véspera. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (267.940 contratos) marcava 8,76%, igual a ontem, e o DI para janeiro de 2021 (8.770 contratos) estava em 9,34%, de 9,33% no ajuste anterior.

"A deflação do IGP-DI está fazendo que o mercado releve parcialmente o IPCA acima das estimativas. A indicação oferecida pelo índice no atacado é de que a pressão dos alimentos sobre a inflação ao consumidor pode ser reverter nas próximas leituras", avaliou o estrategista-chefe do Banco WestLB no Brasil, Luciano Rostagno.

A inflação medida pelo IPCA ficou em 0,55% em abril, ante 0,47% em março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado veio acima do teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam uma taxa entre 0,42% e 0,54%. Em 12 meses, a variação é de 6,49%, voltando a ficar abaixo do limite superior do regime de metas (6,50%). O grupo alimentação e bebidas seguiu em desaceleração, com taxa de 0,96%, ante 1,14% em março, mas ainda se encontra em patamar elevado.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o IGP-DI de abril teve deflação de 0,06%, após avançar 0,31% em março. No caso da inflação para consumidores, o segmento Alimentação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 1,31% para 0,95%.

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