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Ibovespa fecha próximo a estabilidade após decisão do Fed; dólar avança

Banco Central americano manteve os juros inalterados como esperado, e sinalizou "atividade sólida" e "inflação algo elevada"

Painel com cotações no ambiente da bolsa brasileira  (Germano Lüders/Exame)

Painel com cotações no ambiente da bolsa brasileira (Germano Lüders/Exame)

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 7 de maio de 2025 às 10h56.

Última atualização em 7 de maio de 2025 às 17h35.

O Ibovespa fechou em leve queda de 0,09%, a 133.397 pontos nesta quarta-feira, 7, mantendo a tendência verificada desde o começo do dia, mesmo depois da decisão do Fed de manter as taxas de juros inalteradas nos Estados Unidos.

As bolsas americanas terminaram o dia em alta depois do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e às notícias de que Estados Unidos e China começaram negociações oficiais para um acordo comercial.

Conforme já amplamente pelo mercado, o FED manteve as taxas de juros da economia americana estáveis, entre 4,25% e 4,50%. A decisão foi unânime.

Em comunicado que acaba de ser divulgado após a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), o banco central indicou que "a atividade continuou em ritmo sólido" e que a inflação continua "algo elevada".

O Fomc afirmou que a incerteza sobre as perspectivas econômicas aumentou "ainda mais" e que vê riscos maiores tanto para "maior desemprego" quanto para "maior inflação".

O dólar fechou em alta de o,60%, cotado a R$ 5,747.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,09%, aos 133.397 pontos
  • Dólar hoje: R$ 5,747  alta de 0,60%

No radar hoje

Na noite de ontem, comunicados oficiais confirmaram que o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, vai se encontrar na Suíça com o vice primeiro-ministro chinês, He Lifeng.

No Brasil, a expectativa é que o Copom eleve a Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75%, às 18h30, mas não há consenso sobre o tom do comunicado.

Nesta manhã, o IBGE divulgou que, em março de 2025, a produção industrial cresceu 1,2% em relação a fevereiro, com ajuste sazonal. Em comparação com março de 2024, o aumento foi de 3,1%, o décimo crescimento consecutivo e o mais intenso desde outubro de 2024 (6,0%).

Do lado corporativo, 14 empresas divulgam seus balanços após o fechamento, entre elas Bradesco, Klabin, Rede D’Or e Ultrapar.

Mercados internacionais

Nos Estados Unidos, os mercados fecharam em alta, com os investidores reagindo positivamente à retomada das negociações comerciais entre EUA e China. Dow Jones subiu 0,70%, S&P 500 avançou 0,41% e Nasdaq 100 subiu 0,27%.

O índice é puxado principalmente pela queda dos papéis da Alphabet, dona do Google, que recuam mais de 8% depois de notícias de que a Apple está lançando uma ferramenta de IA integrada ao Safari, seu navegador de iPhones.

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, impulsionadas pelos novos cortes de juros anunciados por Pequim para estimular o crescimento. O Hang Seng, em Hong Kong, subiu 0,5%, enquanto o índice CSI 300 avançou 0,61%. No Japão, o Nikkei caiu 0,14%, mas o Topix teve alta de 0,31%. Já o Kospi, da Coreia do Sul, subiu 0,55%.

Na Europa, os mercados fecharam em baixa, pressionados por balanços corporativos. O índice Stoxx 600 recuou 0,54%.

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