Mercados

Bovespa cai mais de 2% com piora do cenário externo

O Ibovespa recuou 2,13 por cento, a 53.042 pontos, segundo dados preliminares

Telão da Bovespa (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Telão da Bovespa (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 17h50.

São Paulo - As preocupações com a situação das economias da Grécia e Espanha voltaram a assombrar os mercados nesta segunda-feira, fazendo a Bovespa retroceder ao nível dos 53 mil pontos, com direito a cravar a mínima intraday do ano, durante a manhã. Além disso, dúvidas sobre a magnitude da desaceleração chinesa ajudaram a aumentar a aversão ao risco, afetando diretamente blue chips de peso no principal índice da Bolsa, como Petrobras e Vale.

O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira em baixa de 2,14%, aos 53.033,96 pontos, menor pontuação desde 28 de junho (52.652,25). Na mínima, o índice caiu 3,66%, aos 52.213 pontos, enquanto, na máxima, marcou 54.183 pontos (-0,02%). Com isso, a Bovespa acumula perda de 2,43% no mês de julho, e desvalorização de 6,55% no ano. O giro financeiro somou R$ 5,400 bilhões.

Na esteira da queda do preço do petróleo nos mercados internacionais, as ações ON da Petrobras recuaram 1,52%, enquanto as PN perderam 1,15%. Com as preocupações sobre a demanda global pela commodity, os contratos de petróleo com entrega em setembro na New York Mercantile Exchange (Nymex) despencaram 4,02%, a US$ 88,14 o barril.


Pressionados pelas notícias divulgadas durante o dia que mostraram a fragilidade da zona do euro e pelo receio de uma desaceleração mais forte da economia chinesa, os contratos futuros de metais básicos fecharam todos em queda hoje na London Metal Exchange (LME), o que se refletiu nos preços das ações ON e PNA da Vale, que encerraram o dia com desvalorização de 2,36% e 2,64%, respectivamente.

No noticiário desta segunda-feira, os dados ruins vieram de toda parte. Na Espanha, o custo do seguro da dívida do país contra default bateu novos recordes em meio às crescentes preocupações com a situação dos governos central e regionais do país.

A Grécia também voltou ao foco dos mercados, depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) sinalizou para a União Europeia que não participará mais da ajuda financeira ao governo grego, o que significa que o país pode ficar sem dinheiro em setembro.

Na China, o conselheiro do Banco Central chinês (PBOC), Song Guoqing, previu um crescimento de 7,4% do PIB da China neste trimestre, depois de uma alta de 7,6% da economia do país no trimestre passado, configurando o sexto período seguido de desaceleração.

Nos EUA, o índice Dow Jones cedeu 0,79%, o S&P recuou 0,89% e o Nasdaq registrou desvalorização de 1,20%.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

O que explica a valorização de US$ 350 bi da Tesla? 'Espíritos animais', citam analistas

No pior ano desde 2020, funcionários da Starbucks receberão apenas 60% do bônus

Pacote fiscal, formação do Governo Trump e prévia do PIB americano: os assuntos que movem o mercado

ETF da Argentina bate recorde de investimentos e mostra otimismo de Wall Street com Milei