O temor sobre um possível corte no rating americano ainda não foi dissipado (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2011 às 17h31.
São Paulo – O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, terminou esta quarta-feira (3) em baixa de 2,28%, aos 56.079 pontos. Na mínima do dia, a queda chegou a 3,6% e levou o índice para os 55.249 pontos. No ano, a desvalorização já alcança 19%. O mercado hoje avalia negativamente os números do setor de serviços nos EUA. O dólar encerrou o dia em baixa de 0,43%, cotado a 1,561 real.
O indicador ISM (Institute for Supply Management) Services ficou em 52,7 pontos em julho, abaixo da estimativa do mercado de 53,7 pontos. O resultado foi também inferior aos 53,3 pontos atingidos em junho. Os investidores também leem os números do mercado de trabalho no setor privado. O ADP Employment mostrou a criação de 114 mil vagas no mês de julho, abaixo do avanço de 145 mil postos do mês anterior. Além disso, o indicador Factory Orders mostrou a queda de 0,8% nas economendas feitas à indústria do país.
Para André Perfeito, economista da Gradual Corretora, “ainda serão necessários meses de criação de vagas para recuperar as vagas destruídas durante a crise e, apesar das ações tomadas por Washington, os EUA não conseguiram reverter de forma convincente seu mercado de trabalho”. O temor sobre um possível corte no rating americano continua a perseguir os investidores. A Standard and Poor's, Moody's e Fitch ainda não anunciaram se nota do país será rebaixada do atual AAA.
EUA
Após operarem em baixa ao longo do dia, as bolsas americanas se recuperaram na última hora do pregão e encerraram a sessão em leve alta. O índice S&P500 subiu 0,5%, o Dow Jones 0,25% e o Nasdaq 100 avançou 0,89%. A recuperação impediu que o Dow Jones atingisse a mais longa queda desde 1978. O mercado especula que o BC americano (Federal Reserve) irá iniciar um novo programa de estímulos à economia.
Os futuros do petróleo nos Estados Unidos caíram quase 2% nesta quarta-feira, fechando na mínima de 5 semanas, sob a pressão do aumento dos estoques de petróleo, além da apreensão sobre a demanda, depois dos dados sobre a desaceleração da economia americana. Os contratos futuros do ouro subiram para o recorde de 1.675,90 dólares.