Repórter
Publicado em 30 de junho de 2025 às 20h30.
Última atualização em 30 de junho de 2025 às 20h35.
O Ibovespa encerrou o primeiro semestre de 2025 com alta de 15,44%, o melhor desempenho para o período desde 2016, quando o índice subiu 18,86%. O avanço marca uma virada relevante após um segundo semestre de 2024 negativo (-2,92%) e representa a retomada mais consistente desde a recuperação pós-pandemia, em 2020, segundo dados da Elos Ayta Consultoria.
O movimento ocorre em um ambiente ainda desafiador, com juros elevados, pressões fiscais e volatilidade cambial. Ainda assim, o mercado acionário brasileiro encontrou espaço para valorização, impulsionado por fatores como:
Desde 2020, quando o índice subiu 25,21% no segundo semestre, o Ibovespa não registrava um ciclo tão forte de valorização. A série histórica mostra, no entanto, uma alternância entre otimismo e correções. Entre os piores desempenhos semestrais estão o primeiro semestre de 2020 (-17,80%), impactado pela pandemia, e o segundo semestre de 2021 (-17,33%), marcado por turbulências políticas e incertezas econômicas.
Já os melhores segundos semestres foram 2020 (+25,21%), 2017 (+21,47%) e 2018 (+20,79%), segundo dados da Elos Ayta.
Com a valorização acumulada de 15,44% até junho, o Ibovespa entra no segundo semestre com margem para encerrar 2025 com um desempenho anual robusto — desde que o mercado mantenha ao menos uma trajetória estável nos próximos meses. Se esse cenário se confirmar, o índice poderá registrar seu melhor ano desde 2019, quando avançou 31,58%.
Ainda assim, o otimismo é moderado. Historicamente, o segundo semestre tende a ser mais volátil, influenciado por fatores externos como eleições em grandes economias, decisões de política monetária nos Estados Unidos e o andamento da agenda fiscal no Brasil.[/grifar] Esses elementos mantêm os investidores em alerta, mesmo diante do bom momento atual.