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Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2010 às 12h29.
São Paulo - O Ibovespa, principal índice de ações da BM&FBovespa, enfrenta mais um dia de queda acentuada. Por volta das 12h10, a desvalorização chegava a 2,4%, em torno dos 61.900 pontos. O desempenho ainda é reflexo dos temores com a situação da dívida de países europeus e o possível alastramento da crise para os bancos da região.
Durante a quinta-feira (6), os investidores brasileiros viveram momentos de pânico. Por volta das 14h de ontem, os mercados internacionais entraram em pânico desencadeando uma venda desenfreada de ações. Em seu pior momento, o Ibovespa despencou 6,38%, chegando aos 60.774 pontos. No fechamento, o índice terminou com baixa de 2,3%, no menor nível desde fevereiro do ano passado.
Nesta sexta-feira (7), a maioria das ações que integram o índice operam em baixa. O destaque negativo fica com as ações do frigorífico JBS (JBSS3). Os papéis recuam 6,32%, negociados a 7,26 reais. Do lado positivo, as empresas de concessões públicas ganham espaço. As ações da Telesp (TLPP4) avançam 1,5%, vendidas a 33,7 reais. Acompanhe o mercado na Central do Investidor.
Em Nova York, o dia também é de perdas. Há instantes, Os principais índices de ações do país recuam aproximadamente 1%. Na Ásia, a bolsa de Tóquio encerrou a sessão de sexta-feira com uma forte queda de 3,74%. O temor levou o Banco Central do Japão (BoJ, na sigla em inglês) a injetar 20 bilhões de dólares no sistema financeiro, para garantir a liquidez do mercado diante da crise.
Pânico
O medo dos investidores se intensificou ontem depois do aumento dos temores sobre as consequências dos problemas relacionados às dívidas dos países europeus. O índice Dow Jones, o principal de Nova Tork, chegou a recuar quase 10% ao longo do dia. Algumas ações chegaram a cair quase 30%.
O comportamento bizarro das ações gerou especulações de que o sistema eletrônico de negociação da Bolsa de Nova York teria entrado numa espécie de colapso. De acordo com a rede de TV CNBC, o operador queria vender alguns "milhões" de ações no meio da tarde desta quinta-feira, mas apertou, por engano, a tecla que ordena a venda de "bilhões" de ações.
A SEC (Securities and Exchange Comission), entidade que regula e fiscaliza os mercados financeiros americanos, informou que irá investigar os motivos que levaram ao pânico visto durante a tarde de quinta-feira (6). As principais bolsas do país, Nyse e Nasdaq, trocaram acusações sobre a responsabilidade acerca dos problemas que levaram ao pânico.