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Ibovespa tem maior alta em quase um mês e meio

A Bovespa fechou em sua maior valorização em quase um mês e meio, com o mercado aguardando o resultado do referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE


	Bovespa: o Ibovespa subiu 2,8 por cento, a 51.559 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: o Ibovespa subiu 2,8 por cento, a 51.559 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 18h29.

São Paulo - A Bovespa fechou com sua maior valorização em quase um mês e meio nesta quinta-feira, com o mercado aguardando o resultado do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia e, do lado doméstico, atento a desdobramentos da operação Lava Jato.

O Ibovespa subiu 2,8 por cento, a 51.559 pontos. O giro financeiro da sessão somou 5,6 bilhões de reais.

A maioria das pesquisas de opinião mostrou uma disputa apertada entre as campanhas para a permanência e saída do Reino Unido da UE, mas expectativas de manutenção britânica no bloco deram otimismo aos investidores. O resultado será conhecido na madrugada desta sexta-feira.

No Brasil, a Polícia Federal prendeu pela manhã Paulo Bernardo, ex-ministro dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, na operação "Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato.

"A Lava Jato vai avançando, atingindo a cúpula do PT, o que pode trazer maior possibilidade da presidente afastada Dilma sair (em definitivo)... Muitos investidores, principalmente estrangeiros, seguem desconfortáveis com relação ao Brasil por conta do cenário de incerteza em relação à Presidência", disse o analista Rafael Ohmachi, da Guide Investimentos.

Participantes do mercado também comentaram sobre sinais de maior força e governabilidade do governo Michel Temer em votações relevantes, o que trouxe alguma dose de otimismo.

DESTAQUES

--NATURA disparou 10,02 por cento, alta mais expressiva do Ibovespa, em meio a relatório positivo para a companhia do Credit Suisse. Analistas do banco avaliam que diferentes iniciativas da fabricante de cosméticos estão gradualmente ganhando força e que a companhia deve conseguir melhorar sua posição competitiva.

--USIMINAS subiu 3,27 por cento nas preferenciais, em dia positivo do setor siderúrgico e após divulgação de que o BNDES aprovou a adesão aos termos de renegociação de dívidas da produtora de aços planos com bancos do país.[E6N13T03M] --VALE ganhou 5,10 por cento nas preferenciais, com mineradoras em alta no exterior diante dos preços mais firmes do cobre e após avanço do minério de ferro na bolsa de Dalian.

--ELETROBRAS avançou 12,45 por cento nas ordinárias, após edição de medida provisória fixando em até 3,5 bilhões de reais o repasse de recursos da União à empresa e estatais elétricas do Norte para despesas com combustíveis. A escolha do presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr., para comandar a Eletrobras também agradou investidores. O papel não integra o Ibovespa. --PETROBRAS subiu 3,53 por cento nas preferenciais, em dia de alta do petróleo. O novo presidente-executivo da empresa, Pedro Parente, vai se reunir com seus principais executivos no começo de julho para definir um novo plano de investimentos para a empresa, afirmou uma fonte da companhia à Reuters na quarta-feira.

--OI viu suas ações ordinárias chegarem a subir 99 por cento perto do fechamento e encerrarem em alta de 35,94 por cento após os ajustes no pregão da Bovespa, em meio a uma grande operação acertada entre o Itaú Unibanco e o Morgan Stanley. Como a operação ocorreu muito perto do fim do pregão, o mercado não conseguiu compensar totalmente a distorção de preço gerada pelo negócio. A ação já havia se recuperado do tombo sofrido após o pedido de recuperação da Oi.

Texto atualizado às 18h29

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