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Ibovespa firma-se em alta após FED sinalizar aumento gradual dos juros

Às 10:07, o Ibovespa caía 0,17%, a 76.524,74 pontos

Ibovespa: na véspera, o indicador fechou praticamente estável, em linha com o movimento observado nas bolsas externas (Scyther5/Thinkstock)

Ibovespa: na véspera, o indicador fechou praticamente estável, em linha com o movimento observado nas bolsas externas (Scyther5/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 17 de julho de 2018 às 10h55.

Última atualização em 17 de julho de 2018 às 14h43.

São Paulo - O principal índice acionário da B3 firmou-se em terreno positivo nesta terça-feira, com alta superior a 1 por cento, após sinalização do chairman do banco central dos Estados Unidos de alta gradual dos juros norte-americanos.

Às 12:41, o Ibovespa subia 1,18 por cento, a 77.555,99 pontos. Na máxima, tocou 77.725,18 pontos, em alta de 1,4 por cento.

O volume financeiro somava 3,7 bilhões de reais.

Na véspera, o indicador fechou praticamente estável, em linha com o movimento observado nas bolsas externas. Em julho, contudo, acumula alta de mais de 5 por cento.

Em depoimento preparado para um comitê do Senado dos EUA, o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que neste momento a autoridade monetária acredita que o melhor caminho é manter aumentos graduais nos juros.

"O bolsa ainda abriu refletindo certa cautela com cenário externo, mas já ensaiando uma melhora, que ganhou fôlego com a declaração de Powell no sentido de alta gradual dos juros. Foi a senha", disse um operador ouvido pela Reuters.

"Ele reconhece o mercado de trabalho aquecido, economia forte, inflação comportada (nos EUA). A alta gradual dos juros com esse cenário deu uma animada nos (mercados) emergentes", acrescentou.

Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,18 por cento, também ajudado pelos comentários de Powell, mas também com o noticiário corporativo no radar.

No Brasil, sem novidades relevantes no front político-eleitoral, investidores estão atentos à temporada de resultados, com WEG abrindo a safra das companhias listadas no Ibovespa na quarta-feira, antes da abertura do pregão.

DESTAQUES

- GOL PN subia 6,87 por cento, novamente destaque de alta, seguida pela sua controlada SMILES, que tinha valorização de 4,61 por cento. No setor aéreo, AZUL PN, que não está no Ibovespa, tinha elevação de 2,7 por cento, tendo no radar anúncio de que encomendou mais 21 jatos E195 de 2ª geração da EMBRAER, que chegou a tocar máxima da sessão após o anúncio, mas perdia o fôlego e avançava 0,95 por cento.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiam 1,23 e 1,77 por cento, respectivamente, tendo como pano de fundo desempenho misto dos preços do petróleo no exterior e dados que mostraram queda na produção da estatal pelo segundo mês consecutivo, com recuo de 1,5 por cento ante maio, para uma média de 2,03 milhões de barris por dia (bpd).

- VALE valorizava-se 1 por cento, apesar da queda do preço do minério de ferro à vista na China, um dia após divulgar recorde de produção e venda de minério de ferro e pelotas no segundo trimestre.

- ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,39 por cento, em sessão de alta generalizada no setor bancário listado no Ibovespa. O maior banco privado do país anunciou nesta terça-feira o lançamento da adquirente de meios de pagamento Credicard Pop, que será focada em micronegócios e será isenta de mensalidade, com planos de atingir base de 100 mil a 150 mil clientes nos próximos meses.

- CIELO cedia 1,98 por cento, tendo no radar o lançamento pelo Itaú de adquirente de meios de pagamento focada em micronegócios. As ações da PAGSEGURO, que são listadas em Nova York, cediam 3 por cento.

- CYRELA perdia 0,09 por cento, apesar da avaliação positiva para a prévia operacional da construtora e incorporadora do segundo trimestre, com salto de 53,2 por cento nos lançamentos e 40,3 por cento nas vendas contratadas.

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