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Ibovespa tem alta de 1,25% puxado por Petrobras e JBS

Índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 1,25%, a 85.973,06 pontos

Ibovespa: papéis da JBS dispararam quase 16% após resultado trimestral acima das expectativas e alavancaram índice (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Ibovespa: papéis da JBS dispararam quase 16% após resultado trimestral acima das expectativas e alavancaram índice (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2018 às 18h27.

Última atualização em 14 de novembro de 2018 às 19h04.

São Paulo - O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, 14, véspera de feriado no Brasil, após trocar de sinal algumas vezes durante o dia, acelerando os ganhos no fim do pregão com a alta de  de Petrobras PN em meio a expectativas sobre a votação da cessão onerosa e o salto de quase 16 por cento de JBS após resultado trimestral acima das expectativas.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,25 por cento, a 85.973,06 pontos, na máxima do dia, após bater 84.267,01 pontos no pior momento do pregão. O volume financeiro somou 19,6 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento dos contratos de opções do Ibovespa.

O volume financeiro somava 15,49 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento dos contratos de opções do Ibovespa.

Apesar da alta, o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, vê o Ibovespa ainda pressionado pela saída dos estrangeiros de posições de risco no mundo, buscando ativos considerados mais seguros, como os títulos do Tesouro dos EUA e o dólar, por preocupações com o processo de alta dos juros norte-americanos e desaceleração global, entre outros fatores.

Dados da B3 mostram saída líquida de 1,275 bilhão de reais de capital externo do segmento Bovespa em novembro até o dia 12. No ano, o saldo está negativo em 7,18 bilhões de reais.

Em paralelo a esse cenário, Chinchila acrescenta que indefinições sobre assuntos importantes no processo de transição do governo, como a reforma da Previdência e questões fiscais de uma forma geral, têm gerado ruídos no mercado, que também segue atento à composição do primeiro escalão da equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro. "A equipe de transição segue apresentando alguns ruídos nas negociações políticas e precisando de uma interlocução segura e confiável com o mercado financeiro", avalia.

Investidores também repercutiram o rebalanceamento semestral dos índices acionários MSCI Global Standard, que contemplou, no caso de papéis brasileiros, a entrada da empresa de comércio eletrônico B2W Digital e as saídas da elétrica EDP Energias do Brasil e da operadora de planos odontológicos Odontoprev.

Destaques

- PETROBRAS PN subiu 3,55 por cento, favorecida pela sinalização do presidente do Senado de que o projeto de lei que trata do contrato da cessão onerosa, que deve viabilizar um mega leilão de petróleo excedente na área no pré-sal, pode ser votado na Casa na próxima semana.

- JBS disparou 15,74 por cento, a 11,40 reais, encerrando na maior cotação de fechamento desde março de 2017, antes do escândalo de corrupção gerado pela delação de executivos da empresa. O salto nesta sessão ocorreu após a maior processadora de carnes do mundo divulgar resultado acima das expectativas para o terceiro trimestre, incluindo queda na alavancagem.

- SUZANO valorizou-se 7,82 por cento, no segundo dia de recuperação, após acumular em outubro queda de mais de 20 por cento e recuar 10,7 por cento nos primeiros sete pregões de novembro. No ano, porém, as ações ainda acumulam elevação de 110 por cento, apoiadas principalmente por expectativas favoráveis para a fusão com a rival Fibria, anunciada em março deste ano.

- BRMALLS subiu 6,05 por cento, em meio à repercussão do balanço do terceiro trimestre, que mostrou lucro líquido ajustado de 123,4 milhões de reais, alta de 12 por cento sobre um ano antes, impulsionado por melhor resultado financeiro e redução em despesas com inadimplência de lojistas. A administradora de shopping centers também aguarda resultado consistente no quarto trimestre do ano.

- CIELO perdeu 5,21 por cento, a 9,83 reais, mínima da sessão e menor cotação de fechamento desde outubro de 2012, conforme agentes de mercado seguem apreensivos com o efeito da competição mais acirrada nos resultados da maior empresa de meios de pagamentos do país. O BTG Pactual cortou recentemente estimativa para os lucros de 2019 e 2020, para algo em torno de 2,5 bilhões de reais em ambos os períodos. No ano, as ações acumulam perda de cerca de 55 por cento.

- EDP ENERGIAS DO BRASIL caiu 4,8 por cento, tendo no radar a revisão semestral dos índices MSCI Global Standard, que excluiu os papéis da elétrica do sua composição.

- VALE recuou 1,97 por cento, pesando no Ibovespa em razão da fatia elevada que detém no índice, acompanhando suas pares na Europa, que também sofreram com preocupações sobre desaquecimento da demanda da China, maior consumidor de metais do mundo. Papéis de siderúrgicas também recuaram, com USIMINAS PNA liderando as perdas ao fechar com variação negativa de 2,76 por cento no final do pregão.

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