Mercados

Bovespa tem alta com investidores digerindo meta fiscal

Índice da Bolsa de São Paulo subiu 0,19 por cento, a 47.380 pontos, terceira alta consecutiva


	Telão da Bovespa: índice chegou a recuar 0,45 por cento pela manhã, ganhou mais de 1 por cento com a abertura das bolsas norte-americanas
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Telão da Bovespa: índice chegou a recuar 0,45 por cento pela manhã, ganhou mais de 1 por cento com a abertura das bolsas norte-americanas (Alexandre Battibugli/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 17h39.

São Paulo - A Bovespa encerrou em leve alta esta sexta-feira, noutro pregão volátil, com investidores avaliando resultados corporativos e ainda digerindo a nova meta fiscal do governo brasileiro para 2014, anunciada na véspera.

O Ibovespa subiu 0,19 por cento, a 47.380 pontos, terceira alta consecutiva. O giro financeiro do pregão foi de 5,6 bilhões de reais. Na semana, houve perda de 1,7 por cento.

O índice chegou a recuar 0,45 por cento pela manhã, ganhou mais de 1 por cento com a abertura das bolsas norte-americanas e devolveu grande parte do avanço durante a tarde.

"O movimento é uma resposta ao clima de indefinição no curtíssimo prazo, com o mercado digerindo a meta de superávit colocada pelo governo ontem e se vai haver corte no rating (nota de crédito do país) ou não", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

O governo federal fixou a meta de superávit primário em 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), num esforço para resgatar a credibilidade no gerenciamento das contas públicas, e contingenciou 44 bilhões de reais do Orçamento deste ano. O mercado recebeu bem o anúncio na véspera, mas há dúvidas se o governo chegará a tal objetivo.

Sem indicadores de grande relevância no radar e no aguardo do balanço das blue chips Petrobras e Vale na semana que vem, investidores se voltaram nesta sexta para o noticiário corporativo.

Bradesco foi a principal influência positiva no Ibovespa, após o Morgan Stanley ter elevado a recomendação do banco para 'overweight' (acima da média do mercado), ante 'equal-weight' (em linha com o desempenho do mercado).

A ação da Lojas Renner subiu forte, após a varejista apresentar resultado no quarto trimestre acima do esperado pelo mercado e com crescimento de 46,4 por cento do lucro líquido.

No outro sentido, a produtora de aços longos Gerdau teve a maior queda, mesmo depois da siderúrgica ter mais que triplicado seu lucro no quarto trimestre de 2013 ante igual período do ano anterior, em resultado levemente acima do esperado por analistas.

"O resultado (da Gerdau) nos Estados Unidos preocupa um pouco. A despeito de toda a recuperação da economia norte-americana, a operação não caminhou junto, vem melhorando de forma muito mais gradual", disse o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora.

Cia Hering também recuou após divulgar resultado trimestral. Em teleconferência, o diretor financeiro da empresa, Frederico de Aguiar Oldani, disse que no melhor cenário a margem bruta cairá 1 ponto percentual no ano, e perderá 2 pontos num cenário mais difícil.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasIbovespaMercado financeiroservicos-financeiros

Mais de Mercados

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol

JBS anuncia plano de investimento de US$ 2,5 bilhões na Nigéria