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Ibovespa tem 2ª alta mensal em Agosto

Ibovespa subiu 0,17% na sessão, a 50.008 pontos, fechando agosto com valorização de 3,68%


	Bovespa: agosto foi o segundo mês seguido no azul. No ano, porém, a queda ainda é de 17,96%
 (Yasuyoshi Chiba/AFP)

Bovespa: agosto foi o segundo mês seguido no azul. No ano, porém, a queda ainda é de 17,96% (Yasuyoshi Chiba/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 18h47.

São Paulo - A Bovespa teve em agosto a segunda alta mensal consecutiva, impulsionada por dados tranquilizadores da economia chinesa, mas dúvidas sobre o desempenho da economia doméstica ainda pesava nos negócios, mesmo após o PIB brasileiro acima das expectativas no segundo trimestre.

O Ibovespa subiu 0,17 por cento na sessão, a 50.008 pontos, fechando agosto com valorização de 3,68 por cento, o melhor mês desde dezembro de 2012, quando subiu 6,05 por cento.

Foi o segundo mês seguido no azul. No ano, porém, a queda ainda é de 17,96 por cento.

O giro financeiro da sessão foi de 9,7 bilhões de reais.

Investidores passaram o mês atrás de barganhas, por enxergar pouco espaço para novas perdas, após o Ibovespa ter fechado a primeira metade do ano com desvalorização de 22,1 por cento --seu pior desempenho semestral desde 2008.

Também ajudaram dados mostrando estabilização da economia da China, importante parceiro comercial do Brasil, que inspiraram um rali de nove sessões consecutivas.

Por outro lado, os investidores seguem céticos quanto ao desempenho da economia doméstica, em meio à confiança frágil de consumidores e empresas e inflação ainda alta, repique do dólar e ciclo de aperto monetário.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB brasileiro cresceu 1,5 por cento no segundo trimestre ante o primeiro quarto do ano, acima da alta de 0,9 por cento esperada pelo mercado.

"A perspectiva é de que os resultados corporativos no terceiro trimestre venham fracos devido ao menor crescimento previsto para o período", afirmou o gestor Flávio Barros, da Grau Gestão de Ativos. "O índice pode até fazer um pico se houver mais fluxo para o Brasil, mas nada que se sustente".

Também lançava uma sombra sobre a economia doméstica a situação do câmbio. O dólar chegou a disparar quase 20 por cento em quatro meses, o que pode afetar investimentos e prejudicar companhias endividadas em moeda estrangeira.

"(Para impulsionar o mercado este mês) não houve nenhuma mudança nos fundamentos, só o fato de que a situação na China deu uma certa acalmada", afirmou o sócio da Cultinvest Asset Management Walter Mendes.

"Foi um ajuste num momento em que o mercado estava muito vendido, e investidores ainda estão olhando para ver o que vai acontecer em relação a crescimento e o que o governo fará em termos de política econômica", completou.

Em outra frente, a expectativa de uma redução dos estímulos do Federal Reserve, banco central norte-americano, que tem sustentado o fôlego de investidores por ativos mais arriscados, também é um fator de cautela.

O agravamento de tensões internacionais envolvendo a Síria adicionaram ainda este mês um novo elemento de instabilidade ao mercado.

"Devemos ter um segundo semestre apenas reduzindo as perdas do primeiro. O quadro é um pouco melhor, mas ainda um cenário de perda, principalmente por conta do cenário interno", afirmou o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira.

OGX TEM NOVA MÍNIMA HISTÓRICA Os papéis da OGX, petroleira do grupo EBX, de Eike Batista, despencaram 40 por cento, tendo recuado com força durante os ajustes de fechamento do pregão da Bovespa para seu menor valor histórico, de 0,30 real.

Como a OGX deve sair da carteira do MSCI Global Standard Indices na segunda-feira, fundos com posição indexada ao índice aproveitaram para desovar o papel, contribuindo para a sua queda acentuada, afirmaram operadores.

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