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Ibovespa sobe pelo 11º pregão seguido e marca novas máximas

A percepção predominante é de manutenção do tom mais favorável a ativos de risco, diante da manutenção do otimismo no exterior

B3: apenas nos três primeiros pregões de 2018, o saldo externo foi positivo em 1,59 bilhão de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: apenas nos três primeiros pregões de 2018, o saldo externo foi positivo em 1,59 bilhão de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 8 de janeiro de 2018 às 18h45.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em alta modesta nesta segunda-feira, ampliando o recente rali e renovando máximas históricas de fechamento e intradia, com permanente otimismo com o cenário externo assim como no front local.

O Ibovespa fechou em alta de 0,39 por cento, a 79.378 pontos. O giro financeiro somou 7,28 bilhões de reais.

A sessão não foi marcada por um viés único, com a tentativa de ajuste levando o Ibovespa a recuar 0,56 por cento na mínima da sessão. Na máxima do dia, o Ibovespa subiu 0,41 por cento, a 79.395 pontos, renovando a maior pontuação histórica intradia.

Com o ganho deste pregão, o Ibovespa esticou o rali para 11 sessões seguidas no azul, igualando-se à maior sequência de altas até então, vista em julho de 2010.

A percepção predominante é de manutenção do tom mais favorável a ativos de risco, diante da manutenção do otimismo no exterior, e também com a crescente aposta do mercado de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será condenado em segunda instância, aumentando as chances de ficar fora da corrida presidencial deste ano.

O forte fluxo de entrada de investimento estrangeiro neste início de ano também ajuda o mercado a manter a visão mais favorável para a bolsa. Apenas nos três primeiros pregões de 2018, o saldo externo foi positivo em 1,59 bilhão de reais, após fechar o ano passado com entrada líquida de 13,4 bilhões de reais.

Operadores destacam ainda que o fluxo de investidores locais também ajuda o movimento positivo da bolsa, diante da queda de juros no país, o que aumenta a migração para mais tomada de risco, em busca de retornos maiores.

"O mercado segue nessa tendência positiva... tem muito fluxo estrangeiro e também do investidor daqui, com vencimentos de investimentos em renda fixa levando a direcionamento de mais recursos para a bolsa", disse o gerente de renda variável da H.Commcor Ari Santos.

Destaques

- CSN ON subiu 4,85 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, diante da expectativa pela renegociação de dívidas com os bancos locais. A sessão também foi favorecida pelos ganhos nos contratos futuros do minério de ferro e do aço na China, com as demais siderúrgicas também em alta. GERDAU PN avançou 3,49 por cento e USIMINAS PNA ganhou 1,1 por cento.

- VALE ON teve valorização de 2,22 por cento, em dia de ganhos também para os contratos futuros do minério de ferro na China.

- FIBRIA ON avançou 3,16 por cento e SUZANO PAPEL E CELULOSE ON ganhou 2,41 por cento, tendo no radar comentários de analistas do Itaú BBA, com perspectivas positivas para os preços da celulose, principalmente em 2019 e 2020, movimento amparado ainda na disciplina no lado da oferta, que deve levar a preços e margens mais estáveis.

- PETROBRAS PN teve alta de 1,19 por cento, fechando no patamar de 17 reais pela primeira vez desde o início de novembro, e PETROBRAS ON subiu 1,57 por cento, em sessão também positiva para os preços do petróleo no mercado internacional.

- KROTON ON caiu 4,44 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa, com analistas cautelosos diante da possibilidade de concorrência mais forte para a empresa, principalmente na área de ensino à distância.

- OI ON, que não faz parte do Ibovespa, caiu 1,14 por cento em dia que o principal acionista do grupo em recuperação judicial convocou assembleia para discutir objeções à aprovação de plano de reestruturação por credores. A convocação ocorreu apesar de homologação do plano pelo juiz encarregado pela recuperação do grupo.

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