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Ibovespa sobe em recuperação puxada por Petrobras e Vale

Às 12:02, o Ibovespa subia 0,45 por cento, a 64.593 pontos. O giro financeiro somava 1,06 bilhões de reais

Bovespa: ontem, o índice caiu 2,6 por cento, depois que investidores aproveitaram o sentimento global de aversão ao risco para embolsar lucros recentes (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: ontem, o índice caiu 2,6 por cento, depois que investidores aproveitaram o sentimento global de aversão ao risco para embolsar lucros recentes (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 12h16.

São Paulo - O principal índice da Bovespa operava em alta nesta terça-feira, em recuperação puxada principalmente por ações atreladas a commodities, incluindo Vale e Petrobras, após ter encerrado na véspera com a maior queda percentual diária em dois meses.

Às 12:02, o Ibovespa subia 0,45 por cento, a 64.593 pontos. O giro financeiro somava 1,06 bilhões de reais.

Na segunda-feira, o índice caiu 2,6 por cento, depois que investidores aproveitaram o sentimento global de aversão ao risco para embolsar lucros recentes.

Apesar da melhora do humor no mercado acionário doméstico, operadores veem espaço para volatilidade nesta terça-feira por causa dos ajustes de posições típicos do fim de mês.

Além disso, os sinais são mistos no exterior, com as bolsas europeias sustentadas por indicadores econômicos, enquanto persiste o clima de cautela em Wall Street em meio aos protestos contra as restrições impostas pelo novo presidente norte-americano, Donald Trump, a imigrantes.

"O noticiário tem poucos gatilhos positivos neste momento, em nossa opinião. E vale lembrar: é o último dia do mês, o que pode aumentar a volatilidade em alguns mercados", comentou a Guide Investimentos em relatório.

Para o analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos, o cenário político brasileiro volta ao centro das atenções, com destaque para a eleição da presidência no Senado e na Câmara dos Deputados e para os desdobramentos da Operação Lava Jato com a retomada dos trabalhos no Judiciário.

Destaques

- Cemig PN subia 5,38 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, com investidores atentos ao noticiário envolvendo uma possível privatização da elétrica mineira. Na segunda-feira, a revista Época publicou, sem citar fontes, que o Ministério da Fazenda iria exigir a privatização da Cemig para socorrer o Estado. Mas, conforme a Reuters apurou com uma fonte com conhecimento direto do assunto, o governo mineiro não tem planos de vender a participação na elétrica.

- Petrobras PN avançava 2,63 por cento, e Petrobras ON tinha alta de 2,60 por cento, acompanhando as cotações internacionais do petróleo, um dia após terminar com o pior desempenho do índice.

- Vale PNA ganhava 1,08por cento, e Vale ON subia 1,21 por cento, recuperando-se das perdas da véspera, quando foi alvo de fortes realizações de lucros. A mineradora opera sem a referência dos preços do minério de ferro na China, cujos mercados estão fechados nesta semana em razão do feriado do Ano Novo Lunar.

- Cielo ON cedia 0,3 por cento, devolvendo a alta de 2,2 por cento registrada mais cedo, após a empresa reportar crescimento de 18 por cento no lucro líquido do quarto trimestre, para 1,064 bilhão de reais.

- Fibria ON recuava 3,04 por cento, no pior desempenho do Ibovespa, depois de anunciar resultado mais fraco que o esperado para o quarto trimestre. A empresa amargou um prejuízo líquido de 92 milhões de reais entre outubro e dezembro de 2016 devido à queda do dólar e a custos maiores. Suzano PNA recuava 2,66 por cento, e Klabin UNIT tinha variação positiva de 0,06 por cento.

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